A empresa disponibilizou seus dados operacionais na semana e no acumulado do ano até o dia 25 de março. Normalmente nossa comparação seria com o ano anterior, mas nesta época em 2020 havia começado a quarentena, o que distorce as comparações. Os melhores resultados são agora fornecidos comparando os dados de 2021 com os mesmos períodos de 2019; quando a economia não sofria ainda os efeitos da pandemia.
Neste novo critério, observamos números fracos em dois dos negócios da CCR (gestão de concessões de rodovias e aeroportos) e praticamente iguais em mobilidade urbana. Estes dados já refletem as medidas recentes de restrição à movimentação determinadas por vários governos estaduais. Naturalmente, estes dados piores terão impacto negativo no resultado da CCR no 1T21.
O tráfego comparável da CCR entre os dias 19 e 25 de março/2021 (sem a ViaSul), apresentou uma diminuição de 6,0%, comparado ao mesmo período em 2019. Este número foi impactado principalmente pela queda de 29,3% na movimentação dos veículos de passeio, não compensado pelo aumento de 13,0% nos comerciais. A redução no tráfego foi de 4,3% no período anterior.
No acumulado do ano, até o dia 25 de março, a movimentação nas rodovias administradas pela CCR (incluindo ViaSul) cresceu 7,4%; por conta do forte aumento no tráfego de veículos comerciais (19,9%), mais que compensando a queda nos de passeio (6,4%).
Na CCR Mobilidade, a quantidade de passageiros transportados no período de 18 a 25 de março caiu 61,0%, um número pior que na semana anterior (-59,8%). Na CCR Aeroportos, a queda na mesma semana atingiu 61,6%, ligeiramente melhor que período precedente, que foi de -61,9%.
Nossa recomendação para CCRO3 é de Compra com Preço Justo de R$ 17,50 (potencial de alta em 46%). Em 2021, as ações da CCR caíram 10,9% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 3,6%. A última cotação de CCRO3 (R$ 12,00) estava 24,4% abaixo da máxima alcançada nos últimos doze meses e 19,6% acima da mínima deste período.