O Empreendedorismo, segundo o Sebrae, é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas.

Embora essa definição seja autêntica, o que podemos perceber é que a maioria das pessoas que decidiram empreender no ano de 2020 estavam sentindo os impactos da pandemia e a escassez de emprego.

Segundo pesquisa realiza pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, a escassez de empregos foi o fator motivacional escolhido pela maioria das mulheres, dos negros e de pessoas entre 35 e 54 anos para empreenderem. Contudo, apesar das dificuldades no mercado de trabalho, são as mulheres em sua maioria, com 53%, que acreditam que “fazer a diferença no mundo” é motivação para empreender. E é sobre o empreendedorismo feminino que vamos conversar nesse artigo.

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pelo GEM em 2019, 39% da população adulta brasileira estava envolvida na gestão de um empreendimento, levando o país a um total de mais de 53,4 milhões de empreendedores, desses, 47% eram mulheres. Contudo, enquanto o número de empreendedores homens e mulheres se iguala na fase inicial (primeiros anos do empreendimento), o país sofre de uma queda na presença feminina na fase mais consolidada do negócio. Apresento a seguir mais alguns dados sobre os desafios do empreendedorismo feminino:

  • A taxa de mulheres que começam a empreender por necessidade (44%) é maior que a dos homens (32%);
  • Mulheres donas de negócio ganham 22% a menos que os homens donos de negócio;
  • Uma parcela expressiva de empreendedoras trabalha no domicílio (diferente dos homens empreendedores);
  • Seus negócios empregam menos em média;
  • Mulheres empreendedoras tomam ou têm acesso a menos empréstimos nos bancos;

Assim como a equidade de gêneros se faz urgente no mercado de trabalho, no empreendedorismo não é diferente. Preconceito, autoconfiança, dupla jornada, dificuldade de acesso ao crédito e maternidade são alguns dos fatores que permeiam o dia a dia das mulheres empreendedoras. Os desafios são inúmeros, mas com certeza, não irá pará-las.

O empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa, reduzindo as diferenças entre oportunidades de ascensão na carreira para homens e mulheres. Assumir o próprio negócio é uma forma de empoderamento para as mulheres e um ganho indiscutível para a sociedade.

Fotos: Freepik

E se você, mulher, tem um desejo profundo de empreender, mas ainda não sabe por onde começar, calma, você chegará lá. Para ajudar nessa caminhada, separei 3 dicas essenciais para pôr em prática já.

  1. Tenha um objetivo bem definido

Defina qual tipo de negócio você quer começar, qual a área de atuação, quem é seu público-alvo, a sua persona. Conheça o mercado que você pretende entrar, quem são seus concorrentes.

2. Cuide das finanças

Antes de iniciar o negócio, o ideal é ter uma reserva montada, pois pode demandar muitos investimentos. Durante esse processo, evite gasto desnecessários, economize e não misture suas finanças pessoais com o dinheiro do negócio. Esteja sempre atento a todas as entradas e saídas, faça um planejamento, monte um orçamento.

3. Coloque a mão na massa

Converse com outros empreendedores, estude, busque por informações do seu ramo de atuação. E, claro, comece a agir. Não espere que tudo esteja perfeito para começar a tirar suas ideias do papel e colocar em prática. Já diz um dito popular: “Antes feito do que perfeito, mas nunca de qualquer jeito”.

Até Breve!

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte