A Embraer (EMBR3) publicou seus resultados referentes ao 4T21, com reversão no prejuízo operacional do ano anterior (4T20) para lucro operacional, de R$ 179,7 milhões para R$ 327,2 milhões, descontando efeitos de IR, CSLL e provisões à itens especiais. Apesar dos números terem ficado dentro do guidance dado pela empresa para 2021 consolidado, a empresa mostrou números trimestrais mais fracos em relação ao período imediatamente anterior, com diminuição da receita líquida impulsionado principalmente por queda das receitas vindas de segmentos de aviação comercial (segundo a empresa, sendo impactada negativamente pelo nível de entregas ainda em recuperação), executiva e defesa & segurança.

No lado positivo, vale ressaltar o aumento de 2,6% no backlog de pedidos, impulsionados principalmente pelo aumento de 53% nos pedidos de aviões comerciais (segmento que teve maior queda de receita no trimestre), diminuição da dívida líquida (principalmente de curto prazo, com queda no prazo médio de endividamento) e crescimento no segmento de serviços e suporte (expresso pelo aumento das receitas do segmento).

A empresa reforçou um guidance positivo para 2022, com entrega de até 70 aviões comerciais (mais que os 48 aviões entregues em 2021), até 110 aviões executivos (versus 93 entregues em 2021) e fluxo de caixa de mais de US$ 50 milhões (abaixo dos US$292,4 milhões em 2021, cumprindo o guidance de mais de US$ 100 milhões para o ano).

Impacto: Marginalmente Negativo, segundo a Guide Investimentos. O resultado expressou uma melhora em relação ao reportado pela empresa nos períodos anteriores, mas ainda abaixo das expectativas do mercado, tendo esse efeito negativo sobreposto pelo cumprimento do guidance dado pela empresa para o ano. Em relação ao backlog, em nossa visão, ainda poderá ser afetado pelas condições macroeconômicas mundiais, como dinâmicas quanto a mobilidade, petróleo e pressão de custos de minério (e logísticos). Vale ressaltar que esperamos períodos positivos para a aviação executiva, beneficiando a empresa.

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