A Embraer (EMBR3) acaba de divulgar um movimento significativo que pode impactar os investidores: a emissão de US$ 650 milhões em bonds, através da sua subsidiária, a Embraer Netherlands Finance. Este título possui vencimento em 2035 e uma taxa de remuneração de 5,980% ao ano.
O evento é relevante, pois a Embraer irá utilizar os recursos obtidos para recomprar títulos já emitidos anteriormente, sendo eles aqueles com vencimento em 2027 e 2028, com juros de 5,40% e 6,95%, respectivamente. A proposta inclui a recompra total dos títulos de 2027 e até US$ 150 milhões dos papéis de 2028, conforme o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O que isso significa para os investidores?
Os investidores que possuem esses títulos antigos agora têm a chance de decidir: vender de volta para a companhia ou manter os papéis. O desconto oferecido na emissão dos novos bonds pode ser atraente, mas é essencial avaliar a saúde financeira da empresa antes de qualquer escolha. O preço de emissão será de 99,688% do valor principal, indicando uma leve vantagem na aquisição.
Adicionalmente, a semana já havia sido agitada para a fabricante. Na quarta-feira (5), a Embraer anunciou um contrato monumental, o maior na história da empresa, que consiste em um acordo com a Flexjet, totalizando até US$ 7 bilhões para a aquisição de jatos executivos. Essa movimentação estratégica sinaliza não apenas confiança da empresa, mas também potencial crescimento na demanda por suas aeronaves.
Perspectivas de mercado
A emissão de dívida no exterior, apesar de parecer apenas uma reestruturação, sinaliza que a Embraer está buscando otimizar sua obrigatoriedade financeira e diminuir a pressão de juros no curto prazo. Isso pode oferecer uma perspectiva favorável para a estabilidade da companhia, especialmente em um cenário de taxas de juros mais altas no Brasil.
Investidores atentos podem ver essas ações como um indicativo de que a Embraer está gerenciando ativamente suas finanças em um ambiente de incerteza econômica. A decisão de investir em novos títulos ou manter os existentes deve ser ponderada cuidadosamente, levando em consideração os objetivos financeiros de cada investidor.
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