Caro Investidor!
Falamos recentemente sobre ETFs, se eles são ou não os investimentos do futuro com repercussão entre especialistas que citaram vantagens e riscos desta modalidade. Pois bem, agora que você, investidor, já sabe um pouco mais sobre eles, chegou aquele dia do mês em que publicamos as projeções e recomendações para o mês. Fevereiro é curto, não tem Carnaval, mas o mercado não para e nem o seu dinheiro.
Começamos com uma síntese do cenário. O novo governo trumpista colocou 25% de tarifas sobre uma série de produtos importados do Canadá, México, além de 10% de importados da China. Também taxa a 25% as importações de aço e alumínio, o que afeta diretamente o Brasil. Por aqui a atividade econômica dá sinais de desaceleração. Dados recentes da indústria, varejo, crédito e mercado de trabalho têm mostrado enfraquecimento no mês de dezembro. Pelo menos o IPCA de janeiro ficou em 0,16%, ou seja, inflação não é o monstro da hora. Ao contrário dos juros, o Copom elevou para 13,25% a.a.
Perspectivas para ETFs em fevereiro
Para Marcello Carvalho, economista na WIT Invest, o mês está bom para os ETFs ligados ao mercado internacional. “Como eles têm impactos da temporada de balanços e do preço do dólar, podemos ver esses ativos apreciando, mesmo em um cenário conturbado da bolsa brasileira”, disse.
Já, dentre as vertentes que tendem a ganhar com a incerteza global, segundo Carvalho, os ETFs ligados ao ouro e demais metais preciosos “devem se apreciar ao passo que ameaças e taxações forem impostas pelo gigante norte americano”.
Como os ETFs proporcionam diversificação a um custo reduzido, conforme Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, em um cenário de juros altos, “ETFs de renda fixa podem ser atrativos, enquanto ETFs de renda variável oferecem exposição a cestas de ações, mitigando riscos específicos”. A escolha deve alinhar-se aos objetivos e perfil de risco do investidor.
Já para Marcelo Boragini, sócio e especialista em Renda Varável da Davos Investimentos, “há uma perspectiva de crescimento o mercado global de ETFs, tem mostrado um crescimento robusto e constante”. No Brasil ainda engatinha, mas também demonstra uma crescente, segundo Boragini. Outra vantagem, segundo ele, os ETFs permitem que os investidores tenham acesso ao mercado internacional e a alguns ETFs que pagam dividendos.
Segundo o Itaú Asset, a demanda por ETFs e Fundos Indexados vem crescendo de forma exponencial. Esse crescimento foi pautado na busca por diversificação local e principalmente pela busca cada vez mais relevante por exposição ao redor do mundo, que fez com que a demanda por BDR’s de ETF’s também crescesse, pois são veículos que permitem o investidor local ficar exposto a ETF’s internacionais.
“Além disso, esses produtos são marcados por apresentar maior diversificação do que simplesmente comprar ações individuais, porque são compostos por uma variedade de ativos diferentes, de acordo com a constituição do índice que segue, além da facilidade de negociação, custos reduzidos e ingresso em mercados de difícil acesso”, afirmam os analistas do Itaú.
Quais ETFs investir?
Selecionamos as recomendações da Genial e do Itaú:
Genial – Recomenda compra de It Now IFNC (FIND11), Hashdex Nasdaq Crypto Index FI (HASH11), Gaming / E-sports (JOGO11), Juro Pré Curto (IRFM11) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo.
Itaú – Internacional: ETF S&P500 (SPXI11); BDR de ETF 7-10 Treasury (BIYT39); MSCI Emerging Markets Extended ESG Focus (ESGE11). Ações: Ibovespa B3 BR+ (B3BR11) (ETF da classe Ações, tem 90 ativos: 85 do Ibovespa B3 e mais 5 BDRs de empresas brasileiras listadas no exterior). Inflação: ETF IMA-B (IMAB11). Juros Prefixados: ETF IRFM (IRFM11). Juros Pós-fixados: Tesouro Selic. Alternativos: ETF It Now Bitcoin (BITI11), ETF It Now NYSE FANG+ (TECK11), BDR de ETF Gold Trust (BIAU39).
(Colaborou na produção: Márcia Sobotyk)