Os últimos dias têm sido uma prova de fogo para o investidor. Semana passada parecia que o Ibovespa se preparava para passar dos 120 mil pontos, até que alguns eventos macroeconômicos acionaram o modo de aversão ao risco do investidor, fazendo o Ibovespa alcançar os 109 mil pontos.
Entre os balanços trimestrais que mais chamou a atenção foi a divulgação do Bradesco (BBDC4) frustrando o mercado como um todo devido ao aumento da inadimplência. Já hoje os indicadores econômicos são protagonistas, com IPCA mais alto os bancos passam a reavaliar a inflação e o futuro das curvas de juros. Conforme destacado no Broadcast, o contexto político também gera preocupação sobre a futura equipe e seus gastos, podendo deteriorar a trajetória da dívida pública e seus efeitos na economia.
Toda queda intensa machuca o investidor e até quem é do mercado precisa ter sangue frio para encarar esses momentos. O foco no longo prazo está em escolher boas empresas que são capazes de sobreviver aos cenários de turbulência. Se você entende isso e sua carteira está montada desta forma, em dias de grandes quedas há mais motivos para comprar do que sair vendendo. Pois o que antes era bom, agora ficou mais barato para entrar.
Em momento de pânico encontramos muitas irracionalidades. O investidor deve procurar estudar para não agir no automático e cometer erros de comprar na alta e vender na baixa. Se você está com medo, não faça nada, apenas entre no Clube Acionista e estude algumas oportunidades.
Conforme diversos analistas, a indicação é observar o perfil de cada investidor (conservador, moderado ou arrojado). É possível aproveitar o preço baixo das ações para ganhar no longo prazo. Se o cliente é moderado e tem tolerância a uma certa porcentagem de seu patrimônio em ações, por exemplo, ele não deve excedê-lo só porque os papéis estão “baratos”.
Hoje, por exemplo, me chama a atenção a importância dos ativos de proteção na carteira de investimentos. Através da renda fixa e pequenas porcentagens no câmbio ou ouro, por exemplo.
Com toda essa maior aversão ao risco, observando a disparada do dólar e dos juros, as taxas do Tesouro Direto soam como boa alternativa para quem deseja fazer uma reserva de valor.
Ainda assim, em dias como esse, não faça movimentos bruscos. A incerteza é o que mais motiva o pânico do investidor.