Metodologia |
O levantamento é efetuado em base em dados disponibilizados pelas empresas por meio das DFP’s publicadas na CVM.
Foram consideradas todas as empresas não financeiras com dados disponíveis de 2010 até 2021. Empresas que não tinham dados disponíveis não fazem parte da amostra. A amostra conta com os dados de 230 empresas. A Petrobras foi excluída da amostra devido ao elevado valor de endividamento diante da amostra geral. Resultado da amostra A dívida das empresas em dezembro de 2021 somava R$ 1,26 trilhão, maior valor histórico registrado na amostra. Desde 2016, a dívida tem crescimento constante. A dívida liquida no ano de 2021 é de R$ 758 bilhões e o caixa atinge pela primeira vez valor superior aos R$ 500 bilhões. Ao final de 2021, a dívida de curto prazo das empresas somava R$ 197,6 bilhões, maior valor desde 2010. O caixa era de 2,57 vezes a dívida de CP, que é o segundo melhor registro da amostra, sendo o melhor momento no ano de 2020, com 2,66 vezes. A dívida total bruta em 2021 registrou crescimento de 15,81% com relação a 2020. A dívida liquida era 23,93% superior a 2020. Em 2021, o caixa era 5,5% superior àquela de 2020, e a dívida de CP era 9,21%. |
Dívida sobre o Patrimônio líquido |
Em 2021, a relação da dívida bruta vs patrimônio líquido era de 101,52%, que é o segundo maior valor desde 2010. O maior registro foi em 2015, com 104,21%.
De 2017 até 2021, a relação tem crescimento constante. |
Por que a dívida sobe? |
Um dos motivos do crescimento da dívida das empresas de capital aberto era a valorização ou desvalorização do dólar. Existem outras componentes que influenciam a variação do endividamento, como captação de novas dívidas ou pagamento delas.
No gráfico abaixo podemos ver a correlação entre as duas componentes. Em 2021, o dólar PTAX venda fechou em R$ 5,58, que é o maior valor de fechamento anual da amostra, da mesma maneira a dívida das empresas brasileiras atingiu o maior valor somado. Uma parcela significativa da dívida das empresas é formada em moeda estrangeira, especialmente dólar, o que faz com que o a dívida tenha esse comportamento bem atrelado à paridade da moeda norte americana. |
Petrobras evolução anual da dívida |
Elaboramos análise isolada da Petrobras de 2010 até 2021 e verificamos que a dívida bruta da empresa no ano de 2021 era de R$ 327,8 bilhões, que é o menor valor registrado pela empresa desde 2013, quando registrou R$ 267,8 bilhões.
O maior registro da dívida da empresa foi em 2015, com R$ 492,8 bilhões, valor -16,5% inferior ao ano de 2020. O caixa da empresa em 2021 era de R$ 62,0 bilhões, valor -3,5% inferior ao de 2020. A relação entre o caixa e a dívida de CP da empresa em 2021 era de 1,23 vezes, que é a segunda menor relação desde 2010. O menor registro foi no ano de 2019, quando o caixa representou 0,89 vezes da dívida de CP. O melhor registro foi em 2018 com 4,06 vezes. |
Petrobras relação dívida bruta vs Patrimônio líquido |
Em 2021, a relação da dívida bruta vs patrimônio líquido era de 84,64%, que é o menor valor registrado pela empresa desde 2013, quando a relação foi de 76,97%.
Entre 2021 e 2020, verificamos queda de -42,65 pontos percentuais. O maior registro da amostra aconteceu em 2015, com 193,5%. |
Dívida da Petrobras em dólares |
Efetuamos uma simulação considerando que 100% da dívida da Petrobras fosse em dólares e verificamos que o total em 2021 era de US$ 58,74 bilhões, que é o menor valor registrado pela empresa desde 2009, um ano antes da emissão das ações do Pré Sal (que aconteceu no mês de outubro de 2010).
O maior valor em dólares foi registrado no ano de 2014, com US$ 132,16 bilhões. |
Empresas com maior nível de endividamento |
A tabela abaixo traz as 20 empresas com maior estoque de dívida total bruta no ano de 2021, No levantamento não consideramos que a empresa precise ter dados em todas as datas já que queremos listas as mais endividas em 2021.
A Petrobrás é a empresa com maior nível de endividamento no ano de 2021 com R$ 351,1 bilhões dos quais 15,44% têm vencimento a curto prazo e a capacidade de cobertura da dívida é de 64,31% o que equivale a disser que a empresa gera R$ 64,31 por cada R$ 100,0 de dívida. A JBS tem o segundo maior estoque com R$ 92,5 bilhões. O setor de energia elétrica tem seis empresas na lista, seguida pelo setor de Exploração refino e distribuição com quatro empresas, Carnes e derivados com três empresas, Papel e celulose com duas empresas e outros 10 setores com uma empresa cada. |
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