A EDP Brasil divulgou seus resultados referentes ao 4T20 na última sexta-feira (19/02). Nestes, explicou sobre a estratégia adotada desde o princípio de março, que foi dividida em três fases chamada de 3Rs (Reação; Recuperação e Reformulação), um trabalho que possibilitou recuperar o impacto da pandemia no seu desempenho econômico-financeiro e concluir o ano com um EBITDA de R$ 3,4 bilhões, 16% acima do ano anterior, e Lucro Líquido de R$ 1,5 bilhão, 12,7% acima, marcas históricas para a Companhia. Entre os principais pontos, destacamos:

• A companhia passou a integrar o ISE pela 15ª vez e o ICO2 pela 1ª vez, o que sugere o fortalecimento e eficácia de suas estratégias ESG;

• A margem bruta aumentou 62,6%, influenciado pelos fatores: Hídrico: aumento de R$ 375,0 milhões; decorrente da adesão da Resolução ANEEL nº 895/2020 da repactuação do risco hidrológico no ACL, que possibilitou a contabilização de R$ 388,9 milhões; Comercializadora: aumento de R$ 94,3 milhões, decorrente de operações de longo prazo contabilizadas através da marcação a mercado que considera um horizonte de 4 anos e tem como referência os preços de energia de acordo com o Decid; Distribuição: aumento de R$ 212,6 milhões; e Transmissão: redução de R$ 8,1 milhões, decorrente dos efeitos de atualização dos ativos de concessão, refletindo as normas estabelecidas pelo IFRS;

• O PMSO recorrente do trimestre foi de R$ 307,3 milhões e de R$ 1.068,6 milhões no ano, redução de 2,8% e de 3,6%, respectivamente, mantendo suas despesas abaixo da inflação em ambos os períodos, uma vez que o IPCA e o IGP-M aumentaram 4,52% e 23,14%, respectivamente, em 2020;

• A conta de Provisões aumentou 73,8% e 21,8%, no trimestre e no ano, respectivamente, especificamente na rubrica de PECLD, que será detalhado no capítulo de distribuição;

• A conta de Depreciação e Amortização aumentou 11,7% e 4,3%, no trimestre e no ano, respectivamente;

• O EBITDA, pelos efeitos não recorrentes e não caixa, foi de R$ 817,6 milhões no trimestre e de R$ 2,5 bilhões no ano, aumento de 35,8% e de 12,2%, respectivamente. Conforme instrução CVM 527, o EBITDA pelo resultado das participações societárias foi de R$ 1,4 bilhão e de R$ 3,5 bilhões; aumento de 54,9% e de 16,1%, no trimestre e no ano, respectivamente;

• A Receita Financeira apresentou redução de 76,9% no trimestre e de 47,7% no ano;

• A Despesa Financeira apresentou redução de 34,8% e de 28,8%, no trimestre e no ano, respectivamente;

• O Lucro Líquido foi de R$ 700,0 milhões e de R$ 1,5 bilhão, aumento de 40,2% e de 12,7%, no trimestre e no ano. Ajustado pelos efeitos citados no EBITDA e por outros efeitos não recorrentes contabilizados no resultado financeiro; foi de R$ 367,2 milhões e de R$ 1,0 bilhão, aumento de 12,3% e de 8,6%, no trimestre e no ano, respectivamente;

• A Companhia finalizou o ano com Dívida Bruta de R$ 9,0 bilhões, desconsiderando as dívidas dos ativos não consolidados, que representaram R$ 1,3 bilhão.

Impacto: Positivo. A empresa reportou bons resultados, com crescimento de 40,2% no lucro líquido do 4T20 vs. o 4T19, concomitantemente a uma redução na energia distribuída, queda que ocorreu em meio ao cenário adverso estabelecido após a chegada da Covid-19 no país. Vale ressaltar, no entanto, que ao longo do último trimestre do ano de 2020, esta energia distribuída cresceu comparada ao 4T19. A empresa ainda reportou forte alta da margem bruta e do Ebitda. Por fim, a empresa segue atenciosa com relação à questões de sustentabilidade; o que é comprovado pela sua integração no ISE (pela 15ª vez) e no ICO2 (pela 1ª vez).

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte