O Fórum Económico Mundial teve início nesta segunda-feira (16), em Davos, na Suiça, com a participação de 51 chefes de Estado e de Governo. O tema da reunião deste ano é “Cooperação num mundo fragmentado”, adequado para procurar soluções para a atual crise econômica, energética e de alimentos, segundo a organização.

Segundo Fabio Pereira de Andrade, professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em Administração Pública e Governo, a pauta econômica e o meio ambiente vão caminhar juntos em Davos. “Temos dois motivos muito importantes. A Europa, com o advento da guerra Ucrânia x Rússia, percebeu que mesmo com o discurso de matriz limpa ainda era dependente de uma matriz suja, cujo principal fornecedor é a Rússia”, diz.

O especialista salienta que a situação com o fornecimento da Rússia precisa ser solucionada e fortalecer o movimento que tem a frente os Estados Unidos, com o presidente Joe Biden e o partido democrata, que encabeçam um pedido de reorganização da economia a partir de uma “nova visão verde” e novas tecnologias para fazer frente ao avanço chinês.

“Nesse sentido, temos que entender o fato do presidente Lula ter designado Fernando Haddad e Marina Silva para representá-lo em Davos. Tal atitude mostra que o presidente brasileiro terá a economia e o meio ambiente caminhando juntos com o Brasil. Ele pretende ter uma posição de destaque nesse diálogo, fazendo com que a questão de preservação de biomas e utilização consciente do meio ambiente sejam oportunidades econômicas e de negócios para o país”, afirma Andrade.

O especialista ressalta ainda que numa dimensão adicional e mais no campo interno, essa representação do ministro Haddad (Fazenda) visa diminuir as resistências que ainda existem com a equipe econômica em importantes operadores do mercado financeiro brasileiro.

Fabio Pereira de Andrade, professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em Administração Pública e Governo.

Texto: Assessoria de Imprensa/ESPM