Enquanto conta os dias para a chegada da Black Friday, o e-commerce brasileiro teve seu desempenho mais baixo em termos de tráfego dos últimos três meses: em agosto, 2,4 bilhões de visitas únicas foram registradas nas plataformas do país, segundo o Relatório Setores do E-Commerce, da Conversion.

É um desempenho 5,2% menor do que o de julho, quando 2,53 bilhões de acessos atravessaram o e-commerce – aquele foi, aliás, o segundo melhor mês de 2023, atrás apenas de janeiro (2,69 bilhões de visitas).

A queda se explica pela retração de alguns pilares do tráfego: o primeiro deles – o acesso via navegadores web – caiu 6% em agosto na comparação com o mês anterior.

Da mesma forma, o setor de marketplaces, que reúne alguns dos principais portais de compras online do Brasil, perdeu 5% dos seus acessos no mês, com 1,052 milhão de visitas únicas.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, a queda de agosto não representa exatamente uma novidade. “A desaceleração que observamos no último mês não é surpreendente, dadas as flutuações sazonais. No entanto, as expectativas são positivas para os próximos meses, especialmente com a Black Friday à vista”, diz.

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“A Black Friday é a porta de entrada para o principal momento do varejo nacional. Essa relevância muito provavelmente será percebida nos próximos relatórios, captando a atenção das pessoas a determinados produtos”, continua Ivo.

Para as marcas, a oscilação teve pesos diferentes: A Amazon Brasil, por exemplo, passou de 228 milhões de acessos para 194 milhões – uma diferença de 15%. Já o Mercado Livre permaneceu estável (-1%), na casa dos 328 milhões de visitas.

Em agosto, na verdade, nenhuma marca cresceu em tráfego. Ao contrário, todas retraíram de alguma forma.

 Educação em alta

Apesar da queda no setor como um todo, um segmento cresceu em agosto: o de Educação, com itens como livros e papelarias (4%). Foi a primeira alçada depois de quatro mês de retração. No mês, foram 118,7 milhões de visitas.

Na contramão, o setor de Presentes e Flores teve seu pior desempenho da série histórica da Conversion, iniciada na metade de 2022. Com 5,6 milhões de visitas, caiu 18% em relação a julho e consolidou o resultado mais baixo desde fevereiro (6,7 milhões).

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O setor Infantil perdeu 17% do seu tráfego, assumindo o pior dado de 2023. Em agosto, foram 11,7 milhões de acessos. Completa a lista de quedas o setor de Calçados (-13%).

Na métrica do Share of Search, por sua vez, a irregularidade de 2022 deu lugar a uma estabilidade significativa agora: desde os primeiros meses do ano, a Amazon se consolidou como a marca mais citada nos buscadores dentro de um setor. Em agosto, 54% dos usuários dentro de marketplaces procuraram diretamente por ela.

Esse número foi de 40% para a Petz e também para a Stanley – dos setores de produtos pets e presentes, respectivamente.

(Enviado por Conversion/Laura Fassina)