O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do Comitê 80 em 8, está lançando um e-book intitulado “Como?”, com 29 artigos que apresentam reflexões e caminhos para enfrentar os desafios da equidade de gênero e provocar mudanças para que mulheres ocupem posições de alta liderança nas organizações.
Os textos foram escritos por executivas e especialistas que relatam a jornada incansável das mulheres para se chegar aos conselhos administrativos de empresas, os impactos positivos dessa presença feminina no board, e alguns fatores determinantes como ESG (práticas ambientais, sociais e de governança), estratégia, inovação e desenvolvimento.
Se por um lado as mulheres vêm conquistando avanços significativos, os artigos demonstram que há ainda muitos pontos a serem superados, como a solidão nas posições de liderança, o equilíbrio entre maternidade e carreira, remuneração, entre outros importantes assuntos que permeiam o universo das executivas.
O e-book é uma das frentes desenvolvidas pelo Comitê 80 em 8, que, ao longo de 2020 realizou também diversas Lives com informações consistentes e atualizadas. “Contabilizamos mais de 30 transmissões ao vivo, nas quais entrevistamos 46 executivas e executivos, e com audiência que atingiu de mais de três mil pessoas, com interação ativa dos participantes. Certamente esses eventos contribuíram para ampliar a reflexão e o debate sobre o tema da igualdade de gênero”, relata Denise Damiani, uma das líderes do Comitê.
A origem do nome do Comitê (80 em 8), em 2013, vem do dado alarmante do Relatório Global de Equidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial, que demonstrava que a igualdade entre homens e mulheres levaria 80 anos para acontecer. Atualmente o número supera 100 anos.
“Não podemos esperar por isso. Temos uma causa urgente. Portanto outra frente de atuação, em parceria com políticas públicas, é a implantação do sistema de cotas como um instrumento transitório de ajustes desta desigualdade. Homens e mulheres devem ter o mesmo ponto de partida”, afirma Tania Moura, também líder do Comitê 80 em 8.
Este é um debate que exige atenção e deve estar presente nas rodas de conversa das empresas, no ambiente familiar e na sociedade como um todo. “O que cada um de nós temos deixado de fazer para que as diferenças de mesmos direitos ainda existam? Não é possível que nossas filhas e netas tenham que esperar tantos anos para estarem nos altos cargos e conselhos. Todos nós temos ações para que a igualdade ocorra já!”, conclui Maria Fernanda Teixeira, líder do Comitê 80 em 8.
Fonte: Mulheres do Brasil