A cotação do dólar no Brasil pode gerar confusão, especialmente quando nos deparamos com dois termos bastante similares, mas com significados e aplicações distintas: o dólar turismo e o dólar comercial.
Ambos possuem usabilidade para transações internacionais, mas possuem características próprias que influenciam diretamente o bolso dos consumidores e das empresas.
Para melhor entendimento, separamos as principais diferenças entre o dólar turismo e o dólar comercial, confira nas linhas a seguir:
O que é o dólar comercial?
A princípio, o dólar comercial é a taxa de câmbio usada pelas empresas, bancos e instituições financeiras para realizar transações em grande escala, como importações, exportações e negociações no mercado financeiro.
Este tipo de câmbio é utilizado para movimentações em volumes altos, por isso, pessoas físicas não conseguem acesso direto a ele.
Nesse sentido, ele é considerado a referência no mercado e é amplamente utilizado nas transações internacionais de grandes valores, refletindo a relação de oferta e demanda da moeda estrangeira no mercado global.
Por ser um mercado mais controlado, o dólar comercial é geralmente mais estável e sofre variações menores ao longo do tempo, a depender das condições econômicas globais.
O que é o dólar turismo?
O dólar turismo, por outro lado, atinge o público geral, ou seja, a consumidores que desejam comprar a moeda para fins pessoais, como viagens internacionais ou compras no exterior.
O preço do dólar turismo é normalmente mais alto do que o comercial devido aos custos operacionais envolvidos na sua negociação.
As casas de câmbio, bancos e plataformas digitais que oferecem o dólar turismo embutem em sua taxa custos como transporte de dinheiro em espécie, segurança e até mesmo taxas administrativas, além de uma margem de lucro maior.
Por conta disso, é necessário que o consumidor também entenda a diferença das taxas e custos entre as duas cotações.
Diferença no cálculo: IOF e custos extras
Um dos principais fatores que tornam o dólar turismo mais caro do que o comercial são os impostos e taxas.
Isso porque, no caso das compras de dólar turismo, a taxa do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pode variar conforme a forma de pagamento escolhida.
Para a compra de dinheiro em espécie, o IOF é de 1,1%. Já para transações realizadas com cartão de crédito ou débito, o IOF sobe para 6,38%.
Essa diferença pode impactar diretamente o valor final pago pelo consumidor, especialmente em transações menores, como compras em cartões pré-pagos ou no momento do câmbio para viagens.
O que influencia o preço do dólar?
Outro ponto importante é que o dólar turismo tende a ser mais volátil, com variações mais bruscas. Isso porque, ele está diretamente influenciado pela demanda do mercado local e pela disponibilidade de moeda nas casas de câmbio.
Já o dólar comercial, utilizado principalmente para grandes transações institucionais, sofre influências mais controladas e previsíveis, baseadas na política econômica nacional e nos movimentos do mercado global.
Mas, afinal, qual a diferença real para o consumidor?
Em resumo, a principal diferença entre o dólar turismo e o dólar comercial está nas taxas e na finalidade de uso.
O dólar comercial é mais barato, mas só está acessível para empresas, enquanto o dólar turismo se destina a transações de menor volume, com custos adicionais envolvidos, incluindo impostos e taxas administrativas.
Por isso, é sempre importante que os consumidores estejam atentos ao tipo de câmbio que estão utilizando e às condições do mercado, para evitar surpresas no momento da compra da moeda.