O dólar encerrou a segunda-feira cotado a R$5,495, em queda de 0,34%. A moeda chegou a alcançar o piso de R$5,47 durante as negociações do dia. Esse patamar não era visto desde 17 de julho, quando fatores internacionais, como a valorização do iene, começaram a pressionar agentes a desmontar posições em todo o mundo. Naquele dia, a divisa encerrou as negociações valendo R$5,48. Já era esperado um alívio, especialmente com a dissipação dos temores de recessão nos EUA e o desmonte das operações de carry trade com o iene japonês, o que teve impacto técnico.

Em mais um dia de otimismo nos mercados globais, o dólar registrou na terça-feira, 13, a sexta queda consecutiva no Brasil, caindo para abaixo de R$5,45, em sintonia com o recuo generalizado da moeda norte-americana frente às demais divisas, após a divulgação de dados favoráveis sobre a inflação ao produtor nos EUA. O dólar à vista fechou o dia em queda de 0,90%, cotado a R$5,4491. Esta é a menor cotação de fechamento desde 16 de julho, quando encerrou em R$5,4293. Nos últimos seis dias úteis, o dólar acumulou uma baixa de 5,09%.

Dados de inflação nos EUA

O dólar comercial registrou alta na sessão de quarta-feira, dia marcado pela divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Ainda que operadores continuem vendo espaço para valorização do real, disseram que, após seis pregões de alta, alguma realização poderia ter ocorrido na sessão, antes de uma “pernada” adicional da moeda brasileira contra o dólar.

Na quarta-feira (14), as atenções dos investidores se voltaram para os dados de inflação de julho nos EUA. Os números vieram em linha com o esperado. Os dados mantêm os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) em modo de espera, pois não resolvem o impasse sobre um corte de 0,25 ou de 0,50 ponto percentual. O esperado discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na conferência de Jackson Hole, em 23 de agosto, poderá oferecer perspectivas críticas sobre a forma como o Fomc está avaliando o equilíbrio dos riscos para o seu duplo mandato.

Após os recuos mais recentes, o dólar subiu pela segunda sessão consecutiva na quinta-feira (15) no Brasil, aproximando-se dos R$5,50, com as cotações acompanhando a alta da moeda norte-americana frente à maior parte das demais divisas no exterior, após a divulgação de dados positivos sobre a economia norte-americana. Durante a sessão, o índice Bovespa renovou a máxima histórica intradiária aos 134.574,50 pontos (+0,94%). Até então, o maior patamar havia sido registrado em 28 de dezembro de 2023, quando atingiu 134.391,67 pontos.

Fim da temporada de resultados

No cenário doméstico, os investidores reagiram aos últimos balanços do segundo trimestre, que encerraram a temporada de resultados. O risco fiscal voltou a concentrar as atenções com o adiamento da votação do projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia, no Senado Federal. Contudo, o destaque do dia foi o cenário externo.

Nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram o triplo do esperado em julho, e os pedidos de auxílio-desemprego semanal ficaram abaixo do previsto. Os dados renovaram as apostas de um corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro.

O dólar à vista operava em baixa perante o real e caminhava para fechar a semana no vermelho. A sessão desta sexta-feira (16) foi marcada pelo otimismo global após uma série de dados econômicos fortes dos Estados Unidos afastarem os temores de recessão presentes na semana passada. Às 9h21, o dólar comercial operava em baixa de 0,35%, a R$5,464 na compra e R$5,465 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) recuava 0,28%, a 5.474 pontos.

A divisa americana operava com leve perda ante o real, uma vez que os dados econômicos fortes dos EUA praticamente eliminaram os temores de uma recessão. Os investidores reduziram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) seria forçado a adotar uma flexibilização agressiva no mês que vem.

O Ibovespa abriu a sessão na máxima histórica. Logo nos primeiros minutos, o principal índice acionário da B3 valorizava 0,44%, aos 134.744 pontos. Esse é o maior patamar intradiário já registrado desde a criação do índice. Caso sustente a alta, ele poderá também alcançar o maior nível de fechamento – até o momento, a maior pontuação que o índice já alcançou foi no dia 28 de dezembro de 2023, quando fechou em 134.391 pontos.

Alívio global

Os dados econômicos dos Estados Unidos divulgados na última quinta-feira, 15, geraram um alívio global ao afastar o temor anterior de uma possível recessão na economia americana e deram fôlego para as bolsas mundiais.

Foram três indicadores importantes que direcionaram os mercados: pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, vendas no varejo e dados da produção industrial. As vendas no varejo indicam que o consumo no país permanece robusto. Além disso, o número de pedidos de seguro-desemprego, que ficou abaixo do esperado, demonstra que o mercado de trabalho local também se mantém estável, proporcionando, assim, suporte para uma recuperação global.

Os dirigentes do Banco Central têm endurecido o tom, sugerindo que uma alta de juros está na mesa, em meio a uma elevação nas expectativas para a inflação. Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, se for necessário aumentar as taxas, isso deve ser feito, o que colabora para a queda do câmbio.

Fechamento – Ibovespa oscila em torno dos 134 mil pontos no fechamento preliminar, por voltas da 17h desta sexta-feira (16), após fazer pela manhã novos recordes. O dólar comercial cai a R$ 5,47 e juros futuros avançam. A prévia do PIB, divulgada nesta sexta, aponta alta de 1,4% da atividade econômica em junho, acima do esperado.

Por Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank/Colaborou Cátia Chagas, Portal Acionista

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