Na sessão anterior…
Na última segunda-feira, 13 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,08%, cotado a R$ 6,098.
O que influencia o dólar?
A sinalização do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de planejar novas medidas fiscais para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal gera incertezas no mercado.
Embora o objetivo de manter o equilíbrio fiscal seja visto como positivo por analistas, a combinação de anúncios como a isenção do Imposto de Renda (IR) para uma faixa de renda específica e novos cortes de gastos em 2025 reforçou o ceticismo sobre a sustentabilidade das medidas.
O impacto imediato foi uma valorização do dólar no último pregão.
Já no cenário global, a manutenção de juros altos nos Estados Unidos (EUA) e as políticas econômicas de Donald Trump podem pressionar o dólar ainda mais para cima, enquanto os sinais vindos da China demandam monitoramento constante.
Isso porque a desvalorização da moeda chinesa, é um ponto de atenção, especialmente para o Brasil, dado o impacto direto no comércio de commodities.
Estímulos chineses poderiam beneficiar o real, mas o cenário atual sugere cautela.
Brasil
Nesta terça-feira (14), o mercado financeiro local está com a agenda de indicadores econômicos esvaziada.
Mas às 11:00, será monitorada a posse do publicitário Sidônio Palmeira como novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Novos cortes em 2025
Na última segunda-feira (13), o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou ao jornal O Globo, que o governo avalia implementar novos cortes de despesas em 2025 para preservar o arcabouço fiscal.
Ele ressaltou que a equipe econômica deve retomar discussões sobre limites aos supersalários e a idade mínima para militares, assim, na busca por maior equidade na revisão de gastos.
Durigan destacou que as novas propostas podem reduzir a insatisfação dos investidores com o pacote aprovado em 2024.
A princípio, esses debates devem começar após a aprovação do Orçamento de 2025, prevista para fevereiro.
Nos bastidores, entretanto, o Palácio do Planalto descarta novos ajustes fiscais antes de abril.
Nesse sentido, assessores próximos ao presidente Lula argumentam que é necessário esperar pelo menos três meses para avaliar eventuais melhorias nas contas públicas.
O governo planeja revisar receitas e despesas em março, enquanto busca ganhar tempo para implementar medidas.
Meta de inflação
Durante evento da Bradesco Asset, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, afirmou que a meta fiscal de 2025 tende a se cumprir, embora o cenário exija cautela.
Suas declarações sobre o compromisso do BC com a meta de inflação de 3% agradaram ao mercado, reforçando a confiança na política econômica.
Dívidas dos Estados
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou apoio aos vetos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve fazer no projeto de renegociação da dívida dos Estados, segundo o Broadcast.
Na semana passada, Fernando Haddad (PT-SP) afirmou que o governo pretende vetar trechos que comprometam o resultado primário.
Durante reunião com Haddad, Rui Costa (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), foi confirmado que pontos centrais do projeto, como a redução de juros, alongamento da dívida e uso de ativos para abatê-la, serão preservados.
EUA
Nesta terça-feira (14), o mercado norte-americano observa o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) de dezembro.
As projeções indicam uma desaceleração para 0,3% no mês, contra 0,4% em novembro.
Ásia
Japão – O vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Ryozo Himino, afirmou que o banco central pode elevar os juros na próxima semana, caso a inflação siga as previsões, destacando que os preços estão alinhados à meta.
No mercado, há expectativa de aperto nas taxas em breve, mas o momento permanece incerto devido às tendências salariais no Japão e ao impacto das políticas econômicas de Donald Trump nos Estados Unidos (EUA).
Enquanto alguns economistas preveem medidas ainda neste mês, outros acreditam que o BoJ pode esperar até março.