ATUALIZAÇÕES:

  • – 9:19: Dólar comercial (compra): -0,36%, cotado a R$ 5,569.
Na sessão anterior

Na última quinta-feira, 22 de agosto, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 1,98%, cotado a R$ 5,59.

O pregão foi influenciado pelas novas expectativas de um corte de juros de 0,25 pontos percentuais nos EUA em setembro, o que refletiu um aparente alívio do risco de recessão na economia norte-americana devido a números positivos do mercado de trabalho e dados de inflação.

No Brasil, a declaração de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) e virtual sucessor de Roberto Campos Neto (RCN) à frente da autarquia, sobre a possibilidade de aumento da taxa básica de juros Selic em setembro levou a uma forte alta na curva de juros, e o mercado precificou uma alta certa.

Além disso, o euro alcançou a máxima do ano em relação ao dólar.

Brasil

Nesta sexta-feira, 23 de agosto, a agenda de indicadores e eventos está esvaziada.

De ontem

Em evento, Gabriel Galípolo, provável substituto de Campos Neto no comando do Banco Central (BC) e diretor de Política Monetária da autarquia, tentou esclarecer suas declarações sobre a necessidade de aumentar a taxa básica de juros Selic, mas o mercado financeiro já o considera confiável.

Em declarações anteriores, Galípolo declarou que o Banco Central (BC) pode aumentar a taxa Selic se necessário, em resposta à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está acima da meta.

Diante disso, o mercado financeiro exagerou nas expectativas de altas na taxa, e previu aumentos de 50 pontos-base em cada uma das últimas três reuniões do ano.

Por outro lado, Roberto Campos Neto (RCN) e Diogo Guillen tentaram conter as expectativas excessivas, enquanto Galípolo insistiu na necessidade de uma alta, mas pediu que suas palavras não fossem vistas como uma orientação fixa.

A comunicação de Galípolo gerou confusão, e levou o mercado financeiro a oscilar nas taxas do DI. Ele se desculpou por possíveis mal-entendidos, mas reconheceu que suas palavras foram interpretadas de maneiras variadas.

O possível futuro presidente do BC, previsto para janeiro de 2025, promete uma gestão técnica e independente, focada na meta de inflação, mas sua comunicação continua a gerar interpretações variadas.

Desoneração da folha de pagamentos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), anunciou que projetos de lei (PL) para aumentar as alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a tributação sobre juros sobre o capital próprio (JCP) serão enviados ao Congresso Nacional na próxima semana, junto com o Orçamento de 2025.

Essas medidas visam garantir recursos caso as propostas do Senado Federal não sejam suficientes para compensar a desoneração da folha de pagamentos de dezessete setores e de pequenos municípios no próximo ano.

O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para riscos nas projeções orçamentárias do governo, e apontou possíveis frustrações nas receitas e aumento das despesas, além de considerar as estimativas otimistas e fora dos limites do novo arcabouço fiscal.

Reforma tributária

Uma reportagem do Valor Econômico revelou que a alíquota média do IVA pode chegar a 28%, e, com isso, ultrapassar o limite de 26,5% estabelecido pela reforma tributária.

O aumento deve-se às concessões feitas a setores com isenções e regimes especiais.

O Ministério da Fazenda vai buscar ajustar a alíquota durante a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Senado Federal e propor compensações para os benefícios concedidos.

Caso a alíquota de 28% se confirme, o Brasil teria o maior imposto sobre o consumo do mundo.

EUA

A fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole, surge como o único evento de grande interesse global nesta sexta-feira (23), uma vez que as agendas de indicadores mundo à fora estão esvaziadas.

A expectativa dos investidores para o discurso gira em torno não apenas da confirmação do início dos cortes de juros nos EUA em setembro, mas também da sinalização da magnitude da primeira queda e, com alguma sorte, que Powell dê uma ideia do ciclo total.

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