ATUALIZAÇÕES:

  • – 9:08: Dólar comercial (compra): +0,96%, cotado a R$ 5,459.
Na sessão anterior

Na última segunda-feira, 19 de agosto, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,99%, cotado a R$ 5,413.

O real se valorizou influenciado pela expectativa de uma taxa Selic alta por mais tempo e pela fraqueza global do dólar.

A aposta em um discurso “leve” de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, em Jackson Hole na sexta-feira (23) valorizou moedas globalmente, enquanto o real foi impulsionado pelo discurso firme do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, que reiterou a possibilidade de alta de juros e o compromisso com a meta de inflação de 3,00%.

Brasil

Nesta terça-feira (20), o mercado financeiro local acompanha a divulgação da segunda prévia do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As participações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP)(9:10), do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (RCN)(10:00) e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)(17:20), no Macro Day, realizado pelo BTG Pactual (BPAC11) entram no radar de investidores nesta terça-feira (20).

Sucessão no BC

Após uma série de desentendimentos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), o presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) descartou analisar o indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando do Banco Central (BC) antes das eleições municipais de outubro.

Lula planejava fazer a indicação nas próximas semanas, mas a relação desgastada entre Pacheco e Haddad, especialmente devido ao projeto de renegociação da dívida dos Estados, resultou na decisão de adiar a análise para depois das eleições.

Desoneração da folha de pagamentos

O Senado Federal deve votar nesta terça-feira (20) o parecer de Jaques Wagner (PT-BA) sobre o projeto de desoneração da folha de pagamentos.

A proposta prevê a reoneração progressiva para dezessete setores da economia até 2027, com alíquotas iniciais em 5% em 2025 e a 20% em 2028.

Municípios terão alíquotas progressivas de 8% a 20% de 2024 a 2027.

Para compensar, o relator incluiu o aumento da taxação do juros sobre o capital próprio (JCP) de 15% para 20% e a atualização do valor dos bens imóveis, com tributação sobre a diferença entre o valor de mercado e o custo de aquisição.

Revisão de gastos

O secretário-executivo do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou que, se o Congresso Nacional não decidir sobre a compensação da desoneração até o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) — cujo prazo se encerra no dia 30 de agosto —, a equipe econômica vai adotar um cenário “prudente”, considerada uma compensação insuficiente para cobrir o déficit fiscal.

Em uma live do Bradesco Asset, Guimarães mencionou que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025 vai incluir um anexo que detalha a revisão de gastos, para maior transparência, para demonstrar o esforço fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Guimarães destacou três eixos nessa revisão: combate a fraudes, modernização das vinculações orçamentárias e foco nos subsídios.

Além disso, o secretário-executivo defendeu a redução dos gastos com precatórios até 2027.

Emendas impositivas

Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) reúne-se nesta terça-feira (20) com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, em busca de um acordo sobre a execução das emendas impositivas, que foram suspensas por decisão do ministro Flávio Dino, referendada com unanimidade pela Suprema Corte.

O encontro vai contar com a presença de outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além dos ministros Rui Costa (PT-BA)(Casa Civil) e Jorge Messias (AGU).

EUA

Nesta terça-feira (20), as atenções do mercado norte-americano se voltam para as declarações do dirigente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, Raphael Bostic (14:35).

Europa

Alemanha – O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha caiu 0,8% em julho em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Destatis.

Em junho, a queda anual foi de 1,6%.

O resultado de julho ficou levemente abaixo da expectativa de uma queda de 0,70% dos analistas da FactSet.

Na comparação mensal, o PPI alemão subiu 0,2% em julho, uma repetição ao aumento de 0,2% registrado em junho. Esse número esteve em linha com a projeção da FactSet.

Suécia – O Banco Central da Suécia (Riksbank) cortou sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 3,5%, após a reunião de política monetária nesta terça-feira (20).

Este foi o segundo corte este ano, após uma redução semelhante em maio.

O Riksbank indicou que pode realizar mais cortes nos próximos meses, se a fraqueza econômica ameaçar empurrar a inflação para abaixo da meta oficial.

O Banco Central pode cortar a taxa básica mais duas ou três vezes ainda este ano, caso a perspectiva de inflação permaneça inalterada.

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