Na sessão anterior…
Na última quinta-feira, 16 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,48%, cotado a R$ 6,053.
O que influencia o dólar?
As expectativas de investidores para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, é um dos pontos que influenciam o dólar nesta sexta-feira (17).
Esse é o último pregão antes do republicano assumir à Casa Branca, na próxima segunda-feira (20). As expectativas do mercado giram em torno das políticas que serão adotadas pelo novo governo Trump.
Esse cenário é acentuado com declarações. Recentemente, o secretário do Tesouro escolhido por Trump, Scott Bessent, reforçou a confiança na moeda americana ao prometer controle do déficit orçamentário e manutenção do dólar como reserva global.
Essas sinalizações podem aumentar a valorização do dólar, dado o fortalecimento de sua credibilidade no mercado internacional.
Além disso, tarifas de importação e cortes de impostos, esperados para o início do governo, elevam as expectativas inflacionárias nos EUA, o que pode levar a ajustes na política monetária americana, como altas de juros.
Esse cenário geralmente atrai investidores ao dólar, em busca de retornos maiores.
Na Europa, perspectivas de relaxamento monetário pelos bancos centrais sugerem estímulos econômicos, o que pressiona o euro e favorece o dólar em termos relativos.
Brasil
Nesta sexta-feira (17), o mercado financeiro local observa o índice geral de preços – 10 (IGP-10) de janeiro, a ser divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Além disso, a FGV ainda informa o monitor do Produto Interno Bruto (PIB) de novembro.
Investidores também monitoram a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), à CNN 360, prevista para acontecer ao vivo às 15:00.
Reforma tributária
Na cerimônia de sanção do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, ocorrida na última quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a aprovação da regulamentação de “milagre”, enquanto Fernando Haddad (PT-SP) destacou ser o “maior legado” econômico do governo para o País.
O ministro da Fazenda afirmou que, desde o Plano Real, o Brasil não realizou uma reforma econômica tão ampla.
Questionado sobre a medida provisória que proíbe a taxação do PIX, Haddad evitou comentar e afirmou apenas que caberá à imprensa analisar.
Em relação aos vetos na tributária, o ministro classificou como “laterais”, representando menos de 1% do projeto, e demonstrou confiança de que não gerarão controvérsias.
Ele confirmou que o Senado está preparado para votar o segundo projeto, que aborda a transição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e temas relacionados a estados e municípios.
Lula, por sua vez, vetou a proibição do Imposto Seletivo sobre exportações minerais, argumentando que a Constituição permite cobrança de até 1%, na tentativa de evitar conflitos de interpretação.
Além disso, o governo também vetou isenções a fundos de investimento e destacou que essas medidas devem estar alinhadas às determinações constitucionais em vigor.
Na Zona Franca de Manaus, o veto evitou ampliar benefícios fiscais, com garantia de que produtos já isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não acessem o crédito presumido de 6%.
EUA
Nesta sexta-feira (17), o mercado norte-americano acompanha a divulgação de dados da produção industrial de dezembro.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o relatório “Perspectivas da Economia Global”.
Ásia
China – O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 5% em 2024 e atingiu a meta do governo. O indicador teve alta de 5,4% no 4º trimestre, impulsionada por estímulos desde setembro.
A indústria e varejo do País também tiveram resultados expressivos em dezembro.
A produção industrial cresceu 6,2%, superando os 5,3% esperados, e as vendas do varejo subiram 3,7%, acima da estimativa de 3,5%.
Já os preços de novas moradias caíram 5,3% em dezembro, assim, registrando um menor recuo desde agosto de 2023, indicando desaceleração na queda em relação a novembro (-5,7%).