ATUALIZAÇÕES:

  • – 9:05: Dólar comercial (compra): +0,46%, cotado a R$ 5,527.
Na última sessão

Na última terça-feira, 27 de agosto, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,20%, cotado a R$ 5,502.

A expectativa por dados do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação medida pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos, que o Federal Reserve (FED) – o Banco Central norte-americano – considera cruciais para decidir sobre o corte de juros em setembro, tem influenciado as cotações.

No Brasil, investidores acreditam em um aumento na taxa básica de juros Selic, o que poderia fortalecer o diferencial de juros pró-Brasil e atrair mais fluxo de capital. O movimento favoreceria uma queda do dólar.

No entanto, fatores como a guerra entre Israel e as forças do Hamas em Gaza, o risco fiscal e sinais de desaceleração do crescimento econômico na China são apontados como influências sobre o câmbio.

Brasil

Nesta quarta-feira (28), o mercado financeiro local observa os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de julho, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Além disso, a palestra de Roberto Campos Neto (RCN), presidente do Banco Central (BC), na conferência anual do Santander Brasil, às 10:00, entra em foco, diante das expectativas para a a taxa básica de juros Selic, após o IPCA-15 de agosto não ter conseguido gerar um consenso sobre as possibilidades de manutenção da política monetária.

Quais são as chances de corte na Selic?

O presidente do Banco Central indicou que um aumento da taxa básica de juros Selic não foi decidido e que o balanço de riscos assimétrico não deve ser interpretado como um forward guidance.

O diretor Diogo Guillen expressou desconforto com a leitura do mercado financeiro, enquanto Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e virtual sucessor de Roberto Campos Neto, evitou mencionar a alta da taxa básica de juros após advertências.

A expectativa para o Comitê de Política Monetária (COPOM) pode mudar com o resultado do Payroll, dos Estados Unidos, a ser divulgado na primeira sexta-feira (9) de setembro.

Dados fracos de geração de emprego podem aumentar o risco de recessão na economia norte-americana e levar a uma postura mais agressiva do Federal Reserve.

O UBS alerta para um risco de recessão nos EUA em 25%, e Cedric Chehab da BMI destaca que uma recessão poderia afastar investidores de mercados emergentes, pressionar o dólar e desvalorizar as moedas desses países.

Revisão de gastos

O Ministério do Planejamento e Orçamento, de Simone Tebet (MDB-MS), convocou uma coletiva para às 11:00, afim de detalhar medidas de revisão de gastos.

Tais medidas serão apresentadas antes da divulgação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), previsto para esta semana.

Contaminação inflacionária?

Durante a conferência anual do Santander Brasil, o ministro Fernando Haddad (PT) afirmou não ver contaminação inflacionária do mercado de trabalho aquecido.

Nesse sentido, Fernando Haddad destacou que o emprego está em alta, enquanto os núcleos de inflação cedem.

Ele sugeriu que o Produto Interno Bruto (PIB) pode superar a projeção de 2,5%, com alguns bancos que projetam um crescimento acima de 3%.

Além disso, o ministro da Fazenda reiterou o compromisso com a meta fiscal e destacou que a melhora nas contas públicas vai permitir um cenário mais favorável.

O político comentou ainda que o orçamento de 2025 vai ser equilibrado, diferentemente da peça de 2023.

Trocas no Banco Central

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode anunciar em breve o novo presidente do Banco Central (BC).

No Senado Federal, o líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Casa, Jaques Wagner (PT-BA) disse que a sabatina do sucessor de Roberto Campos Neto deve ocorrer em setembro, mas Vanderlan Cardoso (PSD-GO) descartou o período.

Bráulio Borges passou a ser cotado para uma vaga na diretoria do Banco Central. Fernando Haddad elogiou Borges em eventos recentes.

EUA

Nesta quarta-feira (28), o mercado norte-americano estará atento a participação de Raphael Bostic, dirigente do Federal Reserve (Fed), em evento à noite.

No cenário de expectativas, investidores buscam pistas de como vai ser o ciclo de cortes na taxa de juros dos Estados Unidos.

Ainda nesta semana…

Quinta-feira (29): 

Destaque para a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da sondagem do comércio e de serviços de agosto, e, por fim, da nota do Banco Central (BC) sobre política monetária.

Nos EUA, saem o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego, enquanto, na Alemanha, o foco se volta para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto.

Sexta-feira (30): 

O Banco Central publica uma nota sobre a política fiscal e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa a PNAD Contínua.

No exterior, destaque para a taxa de desemprego na Alemanha e na Zona do Euro, região que divulga seu Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto.

Além disso, os dados de gastos e rendimentos pessoais nos EUA.

A China, por sua vez, divulga o PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) Composto de julho.

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