Conforme a divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos abaixo do esperado nesta terça-feira, 14 de novembro, fez com que o mercado financeiro global entrasse em um dia de euforia. Dessa forma, o maior apetite ao risco dos investidores empurrou o dólar para abaixo de R$ 4,90.
Essa é a menor cotação em quase dois meses. Além disso, o viés otimista fez a bolsa de valores subir mais de 2%, atingindo o nível mais alto desde agosto de 2021. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (14) vendido a R$ 4,862, com forte queda de R$ 0,046 (-0,93%).
Movimentos do dólar e reações do mercado
No início do dia, a cotação da moeda apresentava estabilidade, mas despencou com a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou em zero no mês passado e em 3,2% nos 12 meses terminados em outubro. Já em setembro, o índice subiu 0,4% e somando 3,7% em 12 meses. Conforme a divulgação, o indicador desacelerou em outubro e ficou abaixo das estimativas do consenso de mercado.
Já é a terceira queda seguida da moeda norte-americana no curtíssimo prazo. Entretanto, nos dois pregões anteriores os recuos foram de menor intensidade. A cotação está no menor valor desde 18 de setembro, quando tinha fechado em R$ 4,85. Dessa forma, apresentando queda de 3,55% em novembro e de 7,92% em 2023.
Sob o mesmo ponto de vista, o movimento do mercado de ações teve seus impactos com um dia de fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.166 pontos, apresentando alta de 2,29%. Assim, no maior patamar desde 3 de agosto de 2021, impulsionado pela perspectiva de que o ciclo de altas dos juros nos Estados Unidos está perto do fim. Acreditando que a desaceleração dos preços diminui as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros básicos dos atuais 5,25% e 5,5% ao ano.
Portanto, juros estáveis com espaço para estimar quando virá a inversão de ciclo acabou estimulando investidores. Consequentemente, fortalece o movimento de dinheiro para países emergentes, como o Brasil, pressionando para baixo o dólar e valorizando a bolsa.
*Fonte: Reuters e Agência Brasil
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