“Está muito próximo de chegar a R$ 6,00 do que voltar a R$ 5,00, ainda mais com a expectativa com corte de juros. E se o cenário econômico perdurar, até julho poderá chegar a R$ 6,00”
Após o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, o dólar escalou abruptamente e renovou seu recorde histórico, chegando a ser cotado a R$ 5,74 em valor nominal, isto é, sem reduzir os efeitos da inflação. Com isso, a moeda norte-americana já acumulou alta de 8,25% e 41,25% no ano.
Desde o início da proliferação do novo coronavírus (covid-19) o mercado financeiro vem enfrentando grandes turbulências. Com aversão da disseminação do vírus, comércios, escolas e universidades suspenderam suas atividades presenciais, e consequentemente, o dólar alavancou em patamares bem maiores do que se encontrava no início do ano de 2020.
Na última quarta-feira,leilões de até 10 mil contratos de swap tradicional foram realizados pelo Banco Central, apresentando vencimento em setembro de 2020 e janeiro de 2021, este ato tem como finalidade a contenção de volatilidade. Além disso, o Banco Central (BC) realizou um swap cambial e outro de linha, ofertando US$ 3 bilhões. Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, diz que o BC não irá realizar grandes intervenções no dólar daqui para frente, pois a moeda americana valorizada é vantajosa para os exportadores.
“O cenário atual favorece um dólar mais valorizado, e vai ser possível ver que o governo e o Banco Central, em teoria, não vão intervir muito nisso, justamente porque é bom para os exportadores, e vale lembrar que agora é safra, então vamos exportar bastante. Já chance para chegar a R$ 6,00 tem, está muito próximo de chegar a R$ 6,00 do que voltar a R$ 5,00, ainda mais com a expectativa com corte de juros. E se o cenário econômico perdurar, até julho poderá chegar a R$ 6,00”, avalia.
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Por outro lado, Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, afirma que a economia está sensibilizada e o dólar alto não é benéfico para ninguém em nenhum aspecto, sendo assim, se tornando um maleficio até mesmo para os exportadores.