O dólar em alta expressiva em 2024 gera desconforto até para alguns profissionais. Robins Brooks, economista-chefe do Institute of International Finance (IIF) e conhecido no Brasil como o ‘careca do Goldman’, desafia a visão predominante e o atual movimento do câmbio. Conforme matéria no Inteligência Financeira, Brooks argumenta que a desvalorização da moeda brasileira é exagerada e não condiz com os fundamentos econômicos reais do país.

O real brasileiro está entre as moedas que mais perderam valor no mundo em 2024, com uma desvalorização de 12,9% frente ao dólar. Ao lado da Turquia e da Argentina, o Brasil tem visto sua moeda desvalorizar consideravelmente. Na terça-feira (23), o dólar comercial cotava a R$ 5,56 no mercado à vista, refletindo esse cenário adverso.

Brooks não vê motivos para essa tendência. Conforme, uma postagem no X (antigo Twitter), ele questionou a lógica por trás dessa desvalorização: “Não há absolutamente nada que possa justificar a presença do Brasil neste grupo”, afirmou o economista.

Por onde passa o otimismo de Brooks para o futuro?

Brooks mantém uma visão otimista em relação ao real. Para ele, a moeda tem um cenário promissor no longo prazo, sustentado pelas expectativas de aumento nas receitas com exportações de petróleo e produtos do agronegócio. Dessa forma, o economista acredita que o Brasil, como grande exportador de commodities, está bem posicionado para se beneficiar dos altos preços das mesmas.

Em uma postagem do ano passado, Brooks chegou a comparar o Brasil à “Suíça da América Latina”, devido aos superávits na balança comercial, uma visão que gerou controvérsia. Contudo, apesar do otimismo de Brooks, o consenso do mercado é mais cauteloso.

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No último Boletim Focus do Banco Central prevê que o dólar feche 2024 cotado a R$ 5,30 e estima que, até 2027, o valor do dólar deve se estabilizar em torno de R$ 5,23 a R$ 5,21.

O que isso significa para os investidores e como atuar com o dólar em alta?

Enquanto Brooks projeta uma recuperação do real com o tempo, o mercado ainda está ajustando suas expectativas. Investidores devem considerar tanto o otimismo quanto as previsões mais conservadoras ao planejar suas estratégias.

Dessa forma, diversifique com commodities aproveitando o cenário de baixa para surfar no médio e longo prazo a fase de retomada. Dado o potencial crescimento das receitas com commodities, considere investir em fundos ou ações de empresas vinculadas ao setor de petróleo e agronegócio. Você pode encontrar as principais recomendações no Clube Acionista.

Junto a isso, esteja atento às previsões cambiais e ajuste suas estratégias com alternativas que se beneficiam do movimento da moeda. Assim, você também aproveitará a tendência do mercado e as a evolução dos dados econômicos.

Mesmo com a visão otimista de Brooks, o cenário cambial pode continuar volátil. Portanto, a diversificação e a atenção às expectativas do mercado são fundamentais para uma estratégia de investimento bem-sucedida. Acompanhe as perspectivas de diversos analistas em um só lugar no Clube Acionista e aproveite as principais recomendações para decidir onde investir com mais confiança.

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