“Não é ruim no momento, mas quando a economia retomar, o 1º fator que vamos ver é a inflação”
Na última quarta-feira, o dólar atingiu forte alta e renovou seu recorde histórico nominal, chegando a ser cotado a R$5,97, isso sem reputar a inflação, sua alta atingiu 1,20%. No ano, o seu avanço é de 47,16%. A valorização do dólar está em alta constante em meio aos efeitos do cenário externo, e trará como consequência o aumento de alguns preços, pois dependendo da elevação do dólar, este aumento pode se tornar generalizado, ampliando a inflação no Brasil. No entanto, apesar do dólar quase sempre acompanhar a inflação, não é isso o que está acontecendo nessa pandemia. A inflação está baixa porque os produtos consumidos no Brasil que chegam do exterior, e mesmo os itens produzidos aqui, têm cotações definidas no mercado internacional, ou seja, em dólar.
As perspectivas para a economia brasileira estão cada vez mais defasadas, mas, para Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, a realidade da moeda americana chegar a R$ 6,00, ou ultrapassar, está cada vez mais próxima. Porém, este fator não será prejudicial para a economia neste momento. “Quando falamos sobre o dólar, tudo é possível, ainda mais nesse cenário nebuloso que estamos agora, o dólar ultrapassar R$6,00 é completamente possível, e essa questão do dólar a R$ 6,00 para a economia não vai ter tanto impacto agora porque a gente está tendo um momento de inflação baixa. A exportação está alta, está exportando mais petróleo, a Vale está exportando mais minério de ferro com a retomada parcial da China. E tem a questão do momento de colheita, então os agrícolas também estão com exportadas positivas”, explica.
Quando a economia brasileira se recuperar, o 1º fator a ser notado será a inflação, e Jefferson relata que muitas empresas e importadoras irão sentir um impacto mais amplo. “Então, não é ruim no momento, mas quando a economia retomar, o 1º fator que vamos ver é a inflação, e também em empresas e importadoras que dependem de produtos ou peças de fora do país que tem esse custo em dólar também vão sofrer, mas a curto prazo, é 0 o risco, pelo contrário, é até positivo, já em longo prazo é pressão inflacionária, algumas empresas, como importadoras de carros e outras acabam perdendo a competitividade, o que é bem ruim”, finaliza.
Sobre o Grupo Laatus
Fundado em 2014, o Grupo Laatus conta com uma mesa de operações independente, com 60 traders, que negociam diariamente no Brasil e Estados Unidos. O Grupo também é um dos principais agentes de educação profissional para traders, contando com mais de 4,5 mil alunos formados em seus cursos de especialização em dólar e de mercados americanos, voltados para índices como S&P e petróleo. Atualmente suas turmas contém entre 500 e 800 alunos. Com tamanha expertise e seriedade no trabalho, a Laatus também coordena um dos maiores eventos voltados para o mercado financeiro, o Laatus Summit, que em sua última edição contou com mais de 1000 participantes, e contou com grandes nomes, como por exemplo: Oscar Schmidt, André Perfeito, Henrique Bredda e Guto Ferreira.
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