Investir em BDR de ETF é diversificar a carteira com ativos globais também. E para muitos analistas o cenário é mais benéfico para os ativos de risco no exterior e mesmo que a Bolsa brasileira mantenha a expectativa de alta durante o ano, exposição cambial dá equilíbrio. 

Falando nisso, como o Acionista já publicou mês passado, os BDRs de ETF estão passando por um momento. Para este mês dois foram selecionados dentre as recomendações da equipe da Ágora (Bradesco BBI): Ishares Russell 2000 ETF (BIWM39) e Ishares Core MSCI Emerging Markets ETF (BIEM39).

BDR de ETF: Quem são, onde vivem, como investir?

Ishares Russell 2000 ETF (BIWM39)

Criado em novembro de 2020 para replicar um outro ETF BlackRock (IWM), que foi criado em maio de 2000. O objetivo é replicar o índice de Small Caps norteamericano, conhecido como Russell 2000 Index, que é composto por 2.000 ações de pequena capitalização. Entre os setores com maior posição, destacam-se: Industrial (18%), Financeiro (15%), Saúde (14%) e Consumo Discricionário (13%). 

As vantagens segundo a Ágora são: neste cenário de corte de juros no mercado dos EUA que se concretiza para 2024, as empresas de menor capitalização tendem a se descolar positivamente das empresas mais tradicionais e mais consolidadas, conhecidas como Blue Chips,  ao menos sob uma perspectiva histórica. “Ao mesmo tempo, do ponto de vista de valuation, sugere um desconto frente ao das maiores empresas – justificando uma rotação técnica para esse segmento neste momento.”

Como qualquer investimento, há riscos: o corte de juros nos EUA é certo, mas quando isso vai começar a acontecer é que são elas. Além do tamanho que quer será o movimento. “Sem mencionar a incerteza sobre a possibilidade (ou não) de uma recessão no mercado norteamericano. Em um cenário de recessão, ou de início de corte de juros tardio, o retorno para essa classe de ativos poderá demorar um pouco mais para se consolidar.”

Ishares Core MSCI Emerging Markets ETF (BIEM39)

No mercado desde dezembro de 2020 para replicar o ETF da BlackRock (IEMG), foi criado em outubro de 2012. O fundo tem como objetivo replicar o índice MSCI Emerging Markets Investable Market (IMI), que é composto atualmente por cerca de 3.400 companhias, distribuídas e diversificadas em 27 mercados emergentes. Dentre os países que compõe o índice, se destacam China, com aproximadamente 25% da composição, seguido por Índia com 17%, Taiwan com 16% e Coréia do Sul com 12%. 

Quais as vantagens?

Conforme a Ágora, a grande exposição aos mercados asiáticos, que têm ganhado cada vez mais destaque no comércio mundial. A China se tornando a segunda maior economia global, Índia se destacando como um hub para startups de inovação e tecnologia, Taiwan liderando o mercado de microchips e a Coréia do Sul sediando gigantes de tecnologia como Samsung, LG e Hyundai. 

“Entendemos que é oportuno adicionar ao portfólio mercados emergentes vislumbrando uma retomada da atividade global, diante de um cenário favorável à redução de juros

mundo a fora, o que traz expectativa de aceleração econômica e maior fluxo global de comércio”, comentam os analistas.

Um dos maiores riscos abordados em debates com investidores, é o mercado imobiliário chinês, que desde o fim do programa Zero Covid-19 não se estabilizou. “Portanto, um risco para a tese seria a possibilidade de contaminação da crise imobiliária para outros setores e regiões, bem como a dificuldade de o país apresentar crescimento com menor dependência do ramo imobiliário”, justificam.

Além deste, outro risco são as ameaças territoriais da China a Taiwan e, apesar de nenhuma ofensiva ter sido consolidada, é uma tensão que se estende por décadas.

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