Quem investe na gigante Vale (VALE3) com certeza passou o fim de semana com o sorriso de orelha a orelha depois que a empresa divulgou seus resultados do terceiro trimestre na última quinta-feira (26). E não são os números, que os próprios analistas consideraram mornos: lucro líquido de US$ 2,8 bilhões, um recuo de 36% sobre igual período do ano passado, mas 218% acima do 2T; e receita líquida de vendas de US$ 10,6 bilhões, avanço de 7% ante o mesmo período do ano anterior e 9,8% maior na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

A alegria dos investidores provavelmente se deve ao comunicado que veio junto com o balanço trimestral: pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 10 bilhões. A distribuição contempla o valor bruto de R$ 2,33 por ação, sendo pouco mais de R$ 1,56 por ação como dividendos e pouco mais de R$ 0,76 por ação como JCP. Que serão pagos em 1º de dezembro.

“O montante distribuído está em linha com a Política de Remuneração aos Acionistas da Companhia e será declarado com base no lucro apurado no balanço  levantado em 30 de setembro de 2023, referindo-se à antecipação da destinação do resultado do exercício de 2023”, disse a Vale no comunicado.

Essa parte do relatório pegou investidores, analistas e mercado de surpresa. Para alguns, um olhar de atenção. Conforme publicação no InfoMoney, há quem tenha lançado desconfiança: distribuições desse tamanho ainda podem se repetir nos próximos anos? 

Segundo os analistas que o Acionista já destacou por aqui, os papéis da mineradora estão há muito tempo nas recomendações de carteiras de dividendos, estando entre as preferidas dos investidores interessados em ter renda com proventos.

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Conforme Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, mesmo com o minério de ferro observando quedas num período além de 12 meses, os resultados da Vale têm vindo muito bons, percebendo assim um fluxo de caixa positivo. 

“Os 10 bi em pagamentos de dividendos é algo bem atraente, até um pouco acima do que era esperado pelo mercado, mas em linha com a condições atuais da empresa. Em paralelo, vemos o preço do minério de ferro subindo também, e esse fator tem puxado os papéis da Vale para cima, mas a notícia do pagamento de 10 bi também acelera o crescimento dos papéis da companhia, deixando num movimento mais positivo. Até mesmo na sessão da última sexta-feira, os papéis demonstraram boa elevação, evitando uma queda maior do principal índice brasileiro”, comenta.

Por falar em proventos, a companhia anunciou a distribuição bombástica, mas também um novo programa de recompra, que prevê a aquisição de até 150 milhões de ações, representando cerca de 3,5% do total em circulação atualmente. Esse programa é visto como um benefício para o investidor, já que aumenta o número de papéis mantidos em tesouraria e diminui os que estão nas mãos de investidores. Dessa forma, o volume total de dividendos pagos é compartilhado entre menos ações, aumentando o valor individual recebido pelos acionistas. 

Como não sorrir?

Segunda, 30 de outubro, 14h08:

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(Fonte: Reprodução Google)

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