O século XXI tem sido marcado por uma mudança significativa nas dinâmicas do mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito ao protagonismo feminino. Mulheres intraempreendedoras têm emergido como forças motrizes na economia global, desafiando paradigmas e contribuindo para a construção de um ambiente empresarial mais diversificado e inclusivo. Nesse contexto, o ESG (Ambiental, Social e de Governança) despontam como um catalisador poderoso, com seu componente “Social” desempenhando um papel crucial na promoção da igualdade de gênero.

Já sabemos que empresas do mundo todo estão começando a olhar para o ESG como um importante movimento não só de geração de impacto, mas também de melhor performance e consequentemente maior lucratividade. Neste sentido, muitas empresas já estão sendo influenciadas para praticar a Inclusão de Mulheres no Mercado de Trabalho.

O “E” de ambiental no ESG tem sido objeto de atenção considerável, mas o “S” de social merece destaque especial quando se trata do empoderamento feminino. As empresas que adotam políticas e práticas inclusivas, promovendo a diversidade de gênero, estão alinhadas não apenas com valores éticos, mas também com uma estratégia de negócios sustentável a longo prazo.

A conscientização sobre a importância da equidade de gênero e a criação de ambientes de trabalho inclusivos têm se intensificado, impulsionadas pelo crescente reconhecimento de que equipes diversas geram inovação, resiliência e desempenho superior. O ESG, com sua ênfase no componente social, fornece a estrutura ideal para as empresas comprometidas com a construção de culturas organizacionais que fomentem o empoderamento feminino.

O impacto tangível nas empresas comprometidas com o ESG

Empresas que genuinamente adotam o ESG como uma bússola moral e estratégica, demonstram, de maneira consistente, resultados notáveis em termos de diversidade de gênero em suas equipes. Estudos revelam que organizações comprometidas com o ESG têm uma representação significativamente maior de mulheres em cargos de liderança e
em funções estratégicas.

Além da representatividade, o impacto financeiro dessas práticas é notável. Empresas que incorporam políticas de igualdade de gênero e promovem um ambiente inclusivo não apenas atraem talentos diversos, mas também aumentam sua atratividade para investidores e clientes conscientes. A relação entre o empoderamento feminino e o crescimento do faturamento é inegável, evidenciando que a equidade de gênero não é apenas uma questão ética, mas também uma vantagem competitiva.

Desafios e oportunidades para o futuro

Embora avanços significativos tenham sido alcançados, persistem desafios na jornada rumo à plena igualdade de gênero. A cultura organizacional, a promoção de oportunidades iguais e a eliminação de preconceitos inconscientes continuam sendo áreas críticas de foco.

No entanto, à medida que mais empresas reconhecem o valor intrínseco do ESG e sua interseção, o horizonte se ilumina com oportunidades transformadoras. A integração de práticas sustentáveis e inclusivas não apenas redefine a narrativa empresarial, mas também molda um futuro onde as mulheres participam e também lideram, inspirando gerações futuras.

Uma nova era de oportunidades para mulheres intraempreendedoras

O ESG, com seu comprometimento social, emerge como um catalisador essencial para a promoção do feminino no mundo dos negócios. Empresas que abraçam essa filosofia não apenas moldam um ambiente de trabalho mais inclusivo, mas também colhem os frutos tangíveis na forma de equipes mais inovadoras e faturamentos robustos.

À medida que continuamos a trilhar o caminho em direção a uma sociedade e um mercado de trabalho mais igualitários, é imperativo que as organizações adotem práticas sustentáveis e inclusivas.

Estamos há poucos dias do final de 2023, e somente assim poderemos verdadeiramente alavancar o potencial ilimitado das mulheres empreendedoras, capacitando-as a liderar, inovar e prosperar em uma nova era de oportunidades.

Às vésperas do encerramento de 2023, nutrimos a esperança de que em 2024 o ESG persista como um agente catalisador, abrindo portas significativas para as mulheres. Almejamos que as empresas, além de acolherem esse movimento, adotem práticas sustentáveis, tornando-se não apenas mais responsáveis socialmente, mas também mais lucrativas a longo prazo.

Por Aline Yamada. Mãe, Advogada, Empreendedora, pós- graduada em Direito empresarial e societário pela FMU. Possui MBA em informação, inovação e tecnologia para negócios pela UFSCar. Mentora de negócio na Inova CPS e Mentores do Brasil. Fundadora da lawtech Juridtech e CEO da Startup Marias S/A uma Edtech de impacto social para capacitação de mulheres, empregabilidade e transformação de negócios. 

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