📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

A realidade que a política impõe ao mercado financeiro brasileiro leva a distorções como observamos ontem, onde os ativos todos registraram números “positivos”: dólar para cima, juros para cima, bolsa para cima.

A “troca das cadeiras” no governo tem medição difícil até entre os analistas políticos; dada a velocidade com que aconteceu e a disparidade entre os membros do governo que foram exonerados no mesmo dia.

Ainda assim, o consenso é que parte das mudanças vem das demandas do Centrão e da cobrança ao apoio que pode ser dado em ambas as casas, após a troca dos comandos legislativos no mês passado.

Ernesto Araújo, substituído por Carlos Alberto França era a insatisfação mais clara, com demanda por sua saída de diversos setores, dentre eles do produtivo aos legisladores, entre outros pontos, o qual não colecionou grandes vitórias em seu mandato, inclusive a falta de melhores acordos com os EUA durante a gestão Trump.

Flávia Arruda, ligada a Arthur Lira vai para a Secretaria de Governo, no lugar do Luiz Eduardo Ramos; que será deslocado para a Casa Civil e o atual ministro, Walter Braga Netto; irá para Defesa no lugar de Fernando Azevedo e Silva, exonerado por Bolsonaro.

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, volta para a AGU no lugar de José Levi; também exonerado e para a Justiça, Anderson Torres, delegado da Polícia Federal.

Como se vê, são mais trocas do que exonerações e as análises se dividem entre os que acreditam ser um sinal de fraqueza de Bolsonaro, devendo ceder ao Centrão para se auto preservar, como análises de que assim, o presidente garante a tão disputada governabilidade, que trava o governo desde seu início.

A realidade é que em meio a tal turbulência, continuamos com uma forte volatilidade cambial, a qual continua a afetar a inflação, sem dar alívio às pressões de preços, crescem as incertezas quanto as reformas, tudo isso num cenário sanitário desafiador em diversos aspectos, onde o número diário de
mortos, compete com a aceleração recente das vacinações e com uma peça de orçamento bizarra, que pode levar o governo à responsabilidade criminal.

Daí a atenção hoje ao IGP-M de março, o qual deve mais uma vez superar os 30% na medição em 12 meses; aos dados do governo central retornando ao déficit e à criação de postos de trabalho em fevereiro, possivelmente positiva.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com indicadores de confiança mais fortes na Zona do Euro.

Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, mesmo após as perdas da Nomura.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à platina.

O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com a liberação do Canal de Suez e foco agora na política da OPEP+.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,87%.

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