Confira a análise do BTG sobre o BDR da Disney (DISB34), empresa que projeta um crescimento agressivo para o futuro. Mesmo assim, conforme os analistas do BTG Pactual, atualmente o cenário para o ativo representa riscos e com base nisso decidiu remover o papel da carteira recomendada de Dezembro.
Empresa projeta crescimento agressivo
No dia 10 de novembro, a companhia anunciou resultados do 4º trimestre do ano fiscal de 2021, e os resultados vieram abaixo do consenso de mercado em todas as principais métricas.
A receita líquida foi de US$18,5 bilhões, crescendo 26% sobre o 4T2020, mas o consenso esperava US$18,8 bilhões. O lucro por ação ajustado por itens não recorrentes foi de US$0,37, contra US$0,51 esperados (dados do consenso coletados pela Refinitiv).
A divisão de parques, experiências e produtos teve lucro operacional pela primeira vez desde a pandemia, com todos os parques temáticos abertos e cruzeiros marítimos em operação durante o trimestre, apesar de limitações de capacidade.
Segundo os analistas do BTG, a receita da unidade dobrou sobre o ano passado, alcançando US$5,45 bilhões, e o lucro operacional foi de US$640 milhões, bem abaixo da projeção do consenso, de US$942 milhões.
No dia 08/12, os EUA levantaram todas as restrições de viagens internacionais ao país, mas a Disney só espera um impacto positivo de turistas estrangeiros após meados de 2022, devido ao longo tempo de planejamento de viagens de férias familiares.
O Disney Plus, serviço de streaming, confirmou a desaceleração do crescimento indicado pelo CEO, Bob Chapek, numa
conferência em setembro, adicionando apenas 2,1 milhões de assinantes no trimestre encerrado em 02 de outubro (a
Netflix teve mais que o dobro em adição de assinantes no período).
Os analistas estavam bem mais otimistas que a própria companhia, e projetavam uma adição de 9,4 milhões de assinantes.
A diretoria espera um crescimento mais agressivo na base de assinantes no 2º semestre de 2022, com a aceleração de lançamentos pela Marvel, Star Wars, Pixar, e Nat Geo à partir de Julho de 2022.
No release de resultados, a divisão DTC, Direct to Consumer, que inclui o Disney Plus, registrou aumento de 68% no prejuízo operacional, refletindo maiores custos de produção, marketing e tecnologia em todos os serviços (Hulu, ESPN
Plus e Disney Plus).
Risco Disney
Para dezembro, os analistas do BTG decidiram remover o BDR da Disney A Disney por desapontar o mercado no último resultado trimestral publicado, com receita e lucros abaixo do consenso, e deu indicação de resultados um pouco mais fracos nos próximos trimestres. Apesar do mau desempenho do BDR em novembro, a ação ainda tem múltiplos elevados, e os atrasos na produção de conteúdo, nos lançamentos de filmes, e na ocupação total dos cruzeiros e parques temáticos (previstos apenas para o 2º semestre de 2022, caso não ocorra o recrudescimento da pandemia) devem impedir a apreciação do BDR no curto-prazo.
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