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📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

A conclusão do processo eleitoral no Arizona, com a vitória de inédita de Biden traz um alento importante para os investidores, com a possibilidade cada vez mais concreta de que o presidente Trump deva ceder e reconhecer a derrota nas eleições presidenciais.

Isto tudo é muito diferente daquilo observado durante a disputa entre Al Gore e George W. Bush em 2001, onde a discussão se concentrou em literalmente um estado que seria o fiel da balança para toda a eleição, num processo recheado de dúvidas sobre a recontagem, exatamente pelo governador do estado ser irmão do futuro presidente.

Agora, seria necessária a comprovação de provavelmente milhões de votos em estados chave para reverter o resultado e não somente isso; os governadores republicanos eleitos estão muito pouco satisfeitos com o que está ocorrendo, pois também retira a legitimidade de suas candidaturas.

Ao “jogar para plateia”, Trump faz exatamente o que se espera que ele faça ao satisfazer sua base e não entregar a eleição facilmente. Ainda que possam haver indícios de fraude, a possibilidade de que eles sejam na quantidade maciça o suficiente para deslegitimizar totalmente a eleição é baixa.

Localmente, o “disco riscado” continua e o avanço da pandemia no hemisfério norte e dados de aumento no Brasil chancelam as demandas de Guedes junto a Bolsonaro em diversos temas, entre eles a necessidade de um imposto digital para desoneração da folha de pagamentos, privatizações e reformas.

A possibilidade se tornando mais palpável de extensão dos auxílios e estado emergenciais assustam num contexto de indicadores bastante positivos da economia brasileira, como a série divulgada esta semana e o IBC-Br a ser divulgado hoje pelo Banco Central.

Tais indicadores mostram que tanto o efeito dos auxílios emergenciais, quanto da retomada mais do que parcial da atividade econômica têm tido efeitos macroeconômicos positivos e relevantes, porém podem se limitar caso os governos voltem a optar, obviamente após as eleições, por lockdowns e regressos nas bandeiras de reaberturas.

Novamente, a visão limitada e a falta de planejamento mais sério por parte dos governos, sem equilíbrio entre a questão econômica e a questão sanitária podem aprofundar a catástrofe econômica que se instalou no mundo neste ano e carregar uma inercia negativa para 2021.

Atenção hoje também à inflação ao atacado nos EUA.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, entre a questão eleitoral e pandêmica.

Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, exceto as bolsas sul coreanas.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo minério de ferro.

O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York com os lockdowns.

O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -5,21%.

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