A Dexco – fabricante de louças e metais sanitários, revestimentos cerâmicos, painéis de madeira e celulose – registrou lucro líquido de R$ 157,4 milhões no segundo trimestre de 2023, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2022.

Por sua vez, o lucro líquido recorrente foi de R$ 89,4 milhões, recuo de 55,9% na mesma base de comparação. O critério ‘recorrente’ exclui efeitos sem impacto direto no caixa, como a variação do valor justo dos ativos biológicos, além de eventos considerados extraordinários.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente atingiu R$ 349,7 milhões, retração de 21,6%. A margem Ebitda ajustado encolheu 2,3 pontos porcentuais, para 17,9%.

A receita operacional líquida totalizou R$ 1,953 bilhão, baixa de 11,7%. A piora nos mercados de materiais de construção e madeira levou a uma queda nas vendas de todos os seus produtos, além de uma piora no mix de itens.

A Dexco segue com um nível de demanda abaixo do visto no mesmo período do ano passado. O volume expedido caiu em todas as suas linhas operação: Deca (23,1%), Cerâmicos (20,1%) e Madeira (8,1%).

O cenário levou a empresa a fazer uma reestruturação dos negócios. Em junho, fechou a operação de louças em Queimados (RJ). Em julho decidiu suspender por tempo indeterminado a operação da unidade RC2, a menor de suas unidades fabris em Criciúma (SC).

O custo dos produtos vendidos foi a R$ 1,264 bilhão, retração de 9,2% devido ao menor volume de materiais vendidos, assim como pela retração nos custos de insumos, como ureia e outros químicos, explicou a companhia.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 186,8 milhões, montante que foi o dobro do mesmo período do ano anterior. O impacto foi decorrente da subida dos juros e da dívida bruta.

A Dexco teve fluxo de caixa positivo em R$ 60,4 milhões, como reflexo de uma melhora no capital de giro, considerando principalmente a adequação dos níveis de estoques, que compensaram parcialmente o maior dispêndio relativo à encargos financeiros.

A companhia fechou o trimestre encerrado em junho com dívida líquida de R$ 4,5 bilhões, o que representa um crescimento frente aos R$ 3,6 bilhões de um ano antes. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda anualizado) foi a 3,0 vezes, ante 1,7 vez um ano antes.

Segmentos

A Divisão Madeira teve um Ebitda ajustado e recorrente de R$ 344,2 milhões, alta de 32%. A Dexco explicou que manteve seu foco na gestão assertiva da operações, com níveis de ocupação adequados para atendimento aos clientes e diluição de custos. Além disso, realizou vendas de excedentes florestais.

O que pesou no resultado do grupo foi a Divisão Louças e Metais, cujo Ebitda ficou no campo negativo em R$ 2,56 milhões, revertendo o dado positivo de R$ 112,8 milhões do ano anterior. A companhia afirmou que o ganho em participação de mercado advindo do reposicionamento de preços de metais sanitários somado à sazonalidade típica do período, não foram suficientes para mitigar o arrefecimento do mercado.

A Dexco fala ainda em ‘posicionamento de preço’, em especial nas linhas de metais sanitários, para defender sua posição de mercado. A Divisão de Cerâmicos também contribuiu para puxar os números para baixo. O seu Ebitda ajustado e recorrente desabou 98%, para R$ 8 milhões.

Por fim, a LD Celulose teve melhoria dos custos em decorrência da estabilização da produção, com Ebitda ajustado de R$ 307,6 milhões (valor total; a Dexco tem 49%).

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