O relatório do BB Investimentos não difere muito dos demais quando o assunto é decepção. Os analistas não disfarçam que o desempenho do Ibovespa ao longo de 2024 tenha surpreendido negativamente. 

“Alguns dos elementos que embasaram nossa tese de investimentos para o ano têm mostrado desgaste nesses últimos meses, sobretudo em relação às expectativas de reprecificação dos ativos de risco que o ambiente de política monetária nos EUA ou no Brasil sinalizavam na virada do ano. Por outro lado, projetamos um cenário mais benigno para as companhias em nossa análise bottom up, o que justifica certo suporte de valuation da bolsa”, explicam.

Sobre o 4T23 das empresas, apesar do Ibovespa

Para o BB, os resultados do 4T23 foram predominantemente positivos. “Notamos, de forma geral, efeitos menos nocivos da inflação sobre os custos das companhias. Houve um movimento de estabilização e melhora gradual de margens na esteira da descompressão dos juros, amparado por um mercado de crédito em ritmo de retomada”, comentam os analistas.

Entretanto, a exceção desse quadro foi em teses mais cíclicas que se sustentam por meio da necessidade de um crescimento mais forte, cenário que não ocorreu no 4T, tanto pelo ambiente competitivo quanto pela pressão de margens. 

“Nossa abordagem em relação à revisão de estimativas de lucros está majoritariamente neutra. Enquanto boa parte da melhora estrutural ainda pode ser observada ao final de 2023, nesses primeiros meses, o incremento positivo veio apenas do setor imobiliário, papel e celulose e de um ajuste fino em mineração, em decorrência dos maiores preços médios praticados.”

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