A Quantum Finance divulgou os dados exclusivos ao Portal Acionista sobre fundos de ações que possuem gestão ativa. A análise levou em conta o mês de abril e retroativamente seis meses, 12, 24 e 36 meses. O termômetro dividiu os fundos em cinco categorias: Ações e dividendos, Ações Livres, Ações Small Caps, Ações Sustentabilidade / Governança e Ações Valor/Crescimento. 

De acordo com a Quantum, é importante lembrar que a indústria de fundos é dinâmica. Os dados a seguir são das quantidades de fundos em funcionamento normal, com o histórico dos períodos indicados. Vale ressaltar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, o ideal é analisar no mínimo os últimos 12 meses.

Veja como foi:

Fundos de Dividendos

Conforme o estudo apresentado, tivemos um crescimento no número de fundos disponíveis ao investidor, aumentaram de 51 para 53 em comparação com os últimos seis meses. A média geral da categoria apresentou retorno de 2,32% no último mês.

Basicamente, a modalidade apresenta resiliência em períodos mais turbulentos da economia, pois opta por selecionar ações de empresas com dívidas menores, modelo de negócio forte e geração de rendimentos mais constantes. Como os gestores dos fundos focam neste estilo de empresa, acabam blindando a volatilidade se comparado a ativos com outras estratégias, cita o analista de investimentos do Grupo GCB, Gabriel Lambais, ao Estadão.

Fundos de Ações Livres

A modalidade saltou de 1.902 para 1.964 no número de fundos disponíveis, em relação ao último semestre. O retorno médio foi de 2,17% em abril e no acumulado dos últimos 2 anos, a média está com uma rentabilidade negativa em -16,86%.

Os Fundos de Ações Livres, também conhecidos como FIAs (Fundos de Ações), são modelos em que os gestores investem o patrimônio do fundo majoritariamente em ações. Segundo Levante Investimentos, a modalidade é a forma mais simples e fácil de se investir em ações, com liberdade ao gestor para escolher e tirar o máximo proveito do mercado de ações.

Fundos Small Caps

Os fundos que se destinam a investir em empresas menores subiram de 43 para 44. Em geral, o retorno médio dos produtos desta categoria foi de 0,22%, apresentando menor retorno no último mês.

Basicamente, trata-se de uma modalidade em que o gestor investe nas empresas de baixa capitalização da Bolsa de Valores, com valor de mercado entre R$1 bilhão e R$5 bilhões. Segundo matéria do Estadão, “grande parte dos ativos de renda variável vem sofrendo com a volatilidade causada pelo cenário de aversão global a risco. No Brasil, porém, um grupo de empresas vinha apanhando na Bolsa desde o ano passado, quando o Banco Central iniciou a alta na taxa de juros: as small caps.”.

“No geral, as small caps são muito ligadas aos ciclos da economia e sofrem mais durante o aperto monetário. Agora que o mercado começa a vislumbrar os primeiros cortes na Selic para 2023, essas ações têm conseguido se recuperar, mas ainda acumulam perdas no período de 12 meses” afirmam.

Conforme o relatório exclusivo da Quantum Finance, os Fundos Small Caps apresentaram desempenho negativo de -15,34% nos últimos 12 meses, sendo a pior desempenho entre as categorias deste estudo.

Fundos de Sustentabilidade/Governança 

A passos lentos, a modalidade dos Fundos de Sustentabilidade apresenta leve crescimento com relação aos produtos focados neste tipo de gestão. Passando de 15 fundos disponíveis para 26 nos últimos três anos.

Já em relação ao retorno, a categoria apresentou alta de 1,71% no último mês e 25,32% nos últimos três anos. Na modalidade, o fundo precisa apresentar uma política de investimento 100% sustentável, levando o sufixo “IS”.

Além disso, conforme a Anbima, “podem ser reconhecidos os fundos que integram aspectos ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal. Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: podem utilizar a frase com o conteúdo “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” nos materiais de venda voltados aos investidores”.

Fundos de Ações Valor/Crescimento 

A modalidade está apresentando crescimento ao longo dos últimos três anos, passando de 90 para 148 Fundos de Ações Valor/Crescimento. Neste caso, segundo a Anbima, os gestores buscam retorno através de uma estratégia de seleção de empresas entre: “preço justo” estimado (estratégia de valor) e/ou aquelas com a chance de crescer no futuro (estratégia de crescimento).

Através do estudo da Quantum Finance, em abril o retorno médio dos fundos desta modalidade foi de 1,83%. Já em intervalos maiores, como 12 meses e 24 meses, a categoria está entre as piores do estudo com -11,81% e -26,60% respectivamente.

Tiveram o retorno de 1,83% em abril. Apesar do segundo melhor resultado no último mês, mas ao longo do período de 36 meses, o resultado foi o menor entre os avaliados, apenas 16,98%.

Qual rendeu mais?

Na comparação entre os fundos citados acima, a categoria dos Fundos de Dividendos foram os que apresentaram maiores rendimentos para os investidores, tanto no último mês com 2,32% como em todos os outros períodos do estudo que cobriu até os últimos 36 meses apresentando 50,17%.

Assim, apresentando maior resiliência em períodos mais turbulentos, caindo menos que a média dos outros fundos. Como, por exemplo, no intervalo dos últimos 6 meses apresentando queda de apenas -5,28% contra os Fundos de Small Caps, o pior neste intervalo de tempo, com -13,13%.

Levantamentos exclusivos da Quantum Finance para o Portal Acionista

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