Lula
Rui Costa, Lula e Haddad

A taxa de desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu pelo quinto mês consecutivo e atingiu 51,4% em janeiro, de acordo com a pesquisa Latam Pulse, da AtlasIntel, divulgada nesta terça-feira (11). 

Esse índice representa um aumento de 1,6% em relação a dezembro e oito pontos desde abril do ano passado. Ao mesmo tempo, a aprovação caiu para 45,9%. 

A desaprovação do governo Lula atingiu o maior patamar da série histórica, com 46,5% classificando a gestão como ruim ou péssima. 

Enquanto isso, o percentual dos que consideram a administração boa ou ótima caiu para 37,8%, uma queda de três pontos percentuais em comparação a dezembro de 2024.

Economia e inflação pesam na desaprovação do governo Lula

A desaprovação de Lula coincide com a escalada dos preços dos alimentos e o pessimismo da população brasileira em relação à economia.

Por isso, a economia se tornou a terceira maior preocupação nacional, atrás apenas da criminalidade (58%) e da corrupção (49%).

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Em outubro de 2024, apenas 15% dos entrevistados apontavam a economia como um dos principais problemas do país.

Enquanto 50% da população se dizem preocupados com o desempenho econômico em 2025, 48% mantêm algum otimismo em relação ao futuro do país.

A inflação e os preços elevados foram citados por 75% dos entrevistados como um dos principais desafios. Além disso a desvalorização do real (41%) e as taxas de juros (36%), também geram inquietação entre os brasileiros. 

Perfil dos que mais desaprovam o presidente

A desaprovação ao governo Lula se destaca entre homens, pessoas com ensino médio completo e cidadãos entre 16 e 44 anos. A rejeição também é maior entre evangélicos e moradores das regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e Sudeste. 

No Nordeste, tradicional base eleitoral do petista, os índices de aprovação e desaprovação de Lula estão praticamente empatados.

Tentativa de aumentar a aprovação

Com essa desaprovação, o governo federal procura reverter a situação da aprovação de Lula. A Secretaria de Comunicação (Secom), por exemplo, tem apostado em mais entrevistas de presidente. 

No entanto, algumas declarações recentes dele estão rendendo críticas e criando novas crises para a popularidade do governo.

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