Mas calma. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, haja vista que é esperado um ambiente volátil nos próximos meses. Na terça (6) o Ibovespa bateu mais uma vez nos 130 mil pontos, depois de um janeiro que teve queda de 4,8% enquanto as bolsas estrangeiras, como Nova York, foram muito bem, obrigada. 

As recomendações dos analistas giram em torno dos papéis mais sensíveis ao corte dos juros, que deve ter continuidade, já que a projeção otimista é de um dígito no fim deste ano, 9%. Outra observação, dentro dessa premissa, é que os setores financeiro e indústria estão mais indicados para investimentos, muito embora as carteiras sejam diversificadas.

Por fim, o especialista em Investimento do Acionista, Gustavo Guerses, alerta que o momento está muito mais para as quedas do que para as altas. “Igualmente os papéis estão muito bons para comprar agora, pois nos próximos meses a tendência é de alta”. Ou seja, de acordo com ele, a hora é agora.

Ibovespa em período de correção

Ainda sobre o desempenho da bolsa brasileira, ela enfrentou um período de correção. Segundo a visão dos analistas da Mirae Asset, essa correção foi impulsionada principalmente pela saída contínua de recursos de investidores estrangeiros, “motivada pela expectativa de que o Federal Reserve adiaria o início do corte de juros para maio, afetando os fluxos de países emergentes como o Brasil”. 

De acordo com o relatório da Genial, R$ 5,3 bilhões foram retirados pelos investidores estrangeiros, enquanto os institucionais tiveram uma saída de R$ 2,4 bilhões. Na contramão, os investidores pessoa física apresentaram uma entrada de quase R$ 4 bilhões.

“Essa mudança de postura pode ser atribuída à alta dos juros nos Estados Unidos e à realização de lucros após um período muito positivo para as ações brasileiras no final de 2023.”

Mais um fator externo que explica esse janeiro ruim, segundo a Ativa, é que a probabilidade de uma queda de juros pelo FED em março, que chegou a ser de 80% (segundo pesquisa da CME Group), foi convergindo para 50% ao longo do mês. “Essa mudança de expectativa, ao nosso ver, explica a maior parte do movimento negativo verificado em janeiro”, comentam os analistas.

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