Quase que o Ibovespa bateu os 137 mil pontos na segunda-feira (26)! Fechou aos 136.889, estabelecendo um novo recorde, o quarto nas últimas seis sessões. O pivô dessa máxima se deve à Petrobras (PETR3;PETR4), que embalou o índice depois da alta do petróleo no mundo, em vista da escalada do conflito no Oriente Médio. A gigante do petróleo encerrou o dia assim: PETR3 com +8.96% valendo R$ 42,92/ação e PETR4 com +7.26% a R$ 39,57/ação. E na noite de segunda, a cereja do bolo: enfim, a Vale (VALE3) anunciou seu novo CEO – Gustavo Pimenta – o que coloca a empresa no protagonismo de hoje (27).

Considerando que 2024 da Vale (VALE3) na bolsa não tem sido nada bom, já que a ação desabou 24% no ano e se firmou no patamar de R$ 60, algo que não era visto desde o ano passado. Isso porque vem sofrendo com o fraco desempenho da China, além do acordo da tragédia de Mariana e até ontem (26), a escolha do novo CEO, que estava uma novela de muitos capítulos.

Valuation

Falando da China, segundo a Guide, em publicação no Money Times, o preço do minério teve melhor desempenho em momentos de maior crescimento da economia mundial, principalmente o país asiático. Atualmente, a situação parece ser o contrário: não só da China, mas também os EUA parecem estar crescendo cada vez menos.

No entanto, os analistas dizem que apesar do momento difícil, o valuation atual da Vale já está bastante descontado. “Tanto a relação preço/lucro quanto EV/Ebitda estão abaixo da média. Historicamente, o valuation fica mais baixo em momentos em que o preço do minério está mais elevado”, comentam. Outro sinal que o valuation está baixo é o dividend yield elevado: o yield esperado está ao redor de 10% atualmente.

Novo CEO

Gustavo Pimenta assume a presidência da Vale em 2025.  Ele foi eleito por unanimidade pelo Conselho de Administração, informou a empresa. Pimenta vai substituir Eduardo Bartolomeo, que está no comando da mineradora desde março de 2019. Conforme o cronograma no processo de sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de dezembro.

Conforme a Vale, o novo presidente passará a comandar a mineradora em  28 de fevereiro de 2025, assim que for cumprida a transição. Antes da eleição, a companhia havia informado que o atual presidente seguiria no comando até o fim de 2025.

Gustavo Pimenta (Divulgação)

Há meses a Vale enfrentava esse processo turbulento de escolha do próximo presidente. O mandato de Bartolomeo venceu em maio passado, mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.

Em nota, o presidente do conselho de administração da Vale, Daniel Stieler, disse estar confiante com a escolha de Pimenta para liderar a mineradora.

“Ele reúne as competências necessárias para que possamos aspirar um novo ciclo virtuoso para a companhia, orientado por nosso propósito, e com grande potencial de geração de valor a todos os nossos públicos de relacionamento”, afirmou.

Sobre Gustavo Pimenta

Segundo informações da Vale, Pimenta é um executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração. Em mais de 20 anos de carreira, ele trabalhou no Brasil, Estados Unidos e Europa.

Gustavo Pimenta assumiu o cargo de CFO da Vale em 2021. Ele é formado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem mestrado em finanças e economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ele reafirmou que a companhia seguirá “com foco em geração e distribuição de valor, elevando a Vale a patamares ainda mais altos”.

(Fontes: Seu Dinheiro; G1; Money Times)

Vale (VALE3) e o 2T: exemplo que não se pode ficar no topo o tempo todo

Eis que não teve holofote para uma das maiores mineradoras do mundo nos resultados do segundo trimestre. Como o BTG se referiu: sem brilho e algumas decepções. No entanto, nada que preocupe o mercado ou os investidores, porque a Vale (VALE3) tem cacife e isso é de conhecimento de todos. A empresa divulgou seus resultados em 25 de julho: lucro líquido de US$ 2,7 bilhões, aumento de 210% em relação ao mesmo período do ano passado. No trimestre, a alta foi de 65%.

O Ebitda foi de US$ 3,99 bilhões no 2T24, 3% abaixo da estimativa do BTG, mas correspondendo em parte, às expectativas de consenso. “A variação vs. nossa estimativa é explicada, principalmente, devido a preços realizados menores do minério de ferro e pelos níveis de custo caixa C1 ligeiramente maiores. Ficamos negativamente surpresos ao ver os níveis de custo caixa de equilíbrio do minério de ferro ficarem acima de US$ 60/t, 15% acima a/a (entendemos que haverá melhorias no futuro)”, explicam os analistas.

No fluxo de caixa, a Vale também divulgou um pequeno número negativo, que foi impactado por uma saída relevante de capital de giro de ~US$ 1 bilhão. No que se refere a dividendos, não teve surpresas para o time do BTG, pois a empresa anunciou apenas dividendos mínimos de US$ 1,6 bilhão. 

Ações – Para os analistas do BTG Pactual, as ações continuarão sob pressão em meio a um ambiente desafiador do cenário macro da China e algumas pendências não resolvidas. E embora o BTG tenha se decepcionado, vê algumas melhorias na história micro da Vale, mas seus analistas esperam por mais visibilidade em algumas questões, como os riscos, pendentes antes de adotar um viés positivo.

Publicidade

Seu futuro financeiro em um só lugar

Segurança e facilidade caminhando juntos com você.