O crescimento foi maior do que nos seguros de vida em grupo – planos feitos coletivamente por empresas. Esse segmento registrou alta de 9,2% de janeiro a setembro, para R$ 11 bilhões. “Também houve crescimento, mas menor”, reforça Nelson Emiliano Costa, da FenaPrevi. “O avanço do mercado de trabalho não ajuda.”
Somadas as modalidades individuais e coletivas, o seguro de vida movimentou R$ 19 bilhões de janeiro a setembro, 16,8% acima de igual período de 2020. Para Costa, a procura foi maior neste ano por causa do pico de mortes registrado nos meses de março, abril e maio. Ele afirma que a pandemia despertou o temor de deixar a família desamparada.
Se cresceu a procura por seguros, a pandemia também aumentou a sinistralidade – além de mortes, o seguro costuma cobrir casos de invalidez provocados por doenças. Dados da FenaPrevi mostram alta de 77,5% no valor dos sinistros de janeiro a setembro, para R$ 8,9 bilhões, dos quais R$ 7,8 bilhões nos planos em grupo.
Em geral, os contratos de seguro de vida têm cláusulas que eliminam a cobertura para determinadas situações, caso de manuseio de material nuclear, tufões, furacões e ciclones, até situações de epidemias. As seguradoras desconsideraram a cláusula na pandemia de covid, considerada abusiva por entidades de defesa do consumidor.
Costa afirma que o aumento dos sinistros não teria criado problemas mais graves para as seguradoras por causa de regras sólidas do setor. As empresas têm patrimônio mínimo de reserva, com objetivo de suportar prejuízos ao longo do tempo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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