O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) mostrou que a demanda por crédito no mês de fevereiro registrou alta de 21% em relação a igual mês de 2021. Na comparação mensal com janeiro, porém, a alta não foi tão expressiva, registrando crescimento de 2%. O indicador mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.

No mês passado, o destaque ficou novamente com serviços que liderou o aumento da demanda de crédito com um desempenho de 134%; mantendo trajetória exponencial desde o final de 2021 na base anual de comparação. Em relação ao mês de janeiro, porém, houve queda de 3%.

Ainda no comparativo com janeiro, os bancos e as financeiras demonstraram queda de 2%, enquanto as varejistas registraram alta de 22%.

Na comparação anual, o setor financeiro manteve desempenho estável em relação a fevereiro de 2021, com expansão de 1%. O mesmo ocorreu com varejo, que cresceu 44% na mesma base de comparação.

Para o Diretor Executivo de Receitas da Neurotech, Breno Costa; o momento é de muita incerteza, o que impactará mais na concessão do que na demanda por crédito. ‘Estamos atravessando um período de turbulência global, além da conjuntura econômica local, que não é nada boa. O brasileiro tem apetite por financiamento, porém os concessores estão mais reticentes quanto aos reflexos dessa movimentação nas operações das empresas e na renda das famílias, o que impacta diretamente nas percepções de risco’, explica.

De acordo com Costa, a diferença do cenário atual em relação ao início do ano passado, quando a pandemia dava sinais de agravamento e levou ao fechamento do comércio e isolamento social, é que o mercado está mais preparado para lidar com o cenário de incertezas. ‘Houve um período grande de aprendizado; em que as instituições passaram a usar novas tecnologias e conceder crédito, o que ajuda a reduzir os riscos de inadimplência’, comenta.

Desempenhos setoriais

O INDC traz ainda como destaque a alta do segmento de eletroeletrônicos, com 135% de aumento. Supermercados, vestuário e lojas de departamento, que também compõe o varejo, avançaram 26%, 23% e 40%, respectivamente, em fevereiro de 2021 sobre igual mês do ano passado ano. Na comparação com janeiro, todas as categorias tiveram desempenho positivo, exceto outros (-6%).

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