A demanda por bebidas normalmente fica mais acelerada nessa época do ano, devido as festas de fim do ano e verão. Nesse ano, no entanto, foi necessário um reforço devido a pandemia.

As circunstâncias fizeram com que nomes do setor tivessem de importar garrafas da Argentina, com preço 20% mais caro; já que a demanda passou a crescer de forma mais rápida do que era antes esperado; fazendo com que o mercado brasileiro carecesse de garrafas disponíveis para serem compradas.

Segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), as vendas de vinhos e espumantes crescem de 35% a 40%; mas poderiam crescer 50% se as vinícolas conseguissem garrafas para o envase. Isto vem então criando um movimento de compra de garrafas do país vizinho, mas este também é insuficiente.

Não existe um número oficial, mas estima-se que o déficit de garrafas de vidro no país esteja em torno de 400 mil toneladas por ano, o equivalente a 25% do mercado. De acordo com dados da Neogrid, que acompanha dados de 40 mil lojistas; em outubro, o nível de ruptura, ou falta de produtos no varejo, chegou a 11,16% na categoria de vinhos. Em cervejas, este foi ainda maior, atingindo 18,92%.

Impacto: Marginalmente Negativo. A demanda estar aumentando de forma acima do que era antes esperado é algo positivo, visto que o setor foi bastante impactado com a pandemia, e teve de sobreviver por meses apenas do consumo de cerveja em casa, que é muito inferior ao de bares e restaurantes. No entanto, como este crescimento não era previsto, o número de garrafas no mercado, que já diminui normalmente nesta época do ano, ficou ainda mais restrito, o que vem fazendo com que as empresas comprem garrafas da Argentina, onde são 20% mais caras.

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