O Banco Central (BC) divulgou que o déficit em transações correntes totalizou US$ 4,0 bilhões em março de 2021, ante déficit de US$ 4,3 bilhões em março de 2020. Na comparação interanual, o saldo da balança comercial recuou US$ 2,5 bilhões, enquanto as despesas líquidas de renda primária e de serviços apresentaram retrações de US$ 1,8 bilhão e US$ 607 milhões, respectivamente. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em março de 2021 somou US$ 17,8 bilhões (1,24% do PIB), ante US$ 18,1 bilhões (1,26% do PIB) em fevereiro de 2021 e US$ 71,0 bilhões (3,97% do PIB) em março de 2020.

A balança comercial de bens registrou déficit de US$437 milhões em março de 2021, ante superávit de US$2,1 bilhões em março de 2020. As exportações de bens totalizaram US$24,6 bilhões em março de 2021, aumento de 33,7% ante março de 2020, e as importações, US$25,0 bilhões, incremento de 53,6%. O resultado das importações inclui operações no âmbito do Repetro (US$6,5 bilhões em março de 2021, ante US$1,6 bilhão em março de 2020).

O déficit na conta de serviços totalizou US$1,1 bilhão em março de 2021, recuo de 36,5% em relação ao déficit de US$1,7 bilhão em março de 2020. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$100 milhões em março de 2021, ante US$227 milhões em março de 2020, recuo de 56,1%. Nos doze meses encerrados em março de 2021, as despesas líquidas de viagens internacionais totalizaram US$ 1,1 bilhão, menor valor desde junho de 2006. Destaca-se também, na mesma base de comparação, a redução de 52,9% nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, de US$1,2 bilhão para US$567 milhões, influenciada pela nacionalização de equipamentos no âmbito do Repetro. A conta de transportes apresentou despesas líquidas de US$253 milhões, ante US$378 milhões em março de 2020.

Em março de 2021, o déficit em renda primária totalizou US$3,0 bilhões, recuo de 38,4% em relação a março de 2020. As despesas líquidas de lucros e dividendos diminuíram para US$1,7 bilhão, ante US$4,0 bilhões em março de 2020. Este resultado decorreu principalmente do aumento de US$3,1 bilhões nas receitas, parcialmente compensado pelo aumento de US$823 milhões nas despesas. As despesas líquidas com juros somaram US$1,3 bilhão no mês, incremento de 47,6% na comparação com março de 2020.

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$6,9 bilhões em março de 2021, ante US$7,4 bilhões observados em março de 2020. Houve ingressos líquidos de US$3,7 bilhões em participação no capital e de US$3,1 bilhões em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em março de 2021, o IDP totalizou US$39,3 bilhões (2,73% do PIB); ante US$39,8 bilhões (2,76% do PIB) no mês anterior e US$68,7 bilhões (3,84% do PIB) em março de 2020.

Em março de 2021, os investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram aplicações líquidas de US$1,4 bilhão. Nos doze meses encerrados em março de 2021, o IDE totalizou regressos líquidos (desinvestimentos) de US$6,1 bilhões.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$2,1 bilhões em março de 2021, com saídas líquidas de US$3,0 bilhões em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$912 milhões em títulos de dívida. Os ingressos líquidos em investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram US$23,3 bilhões nos doze meses finalizados em março de 2021.

Reservas internacionais

As reservas internacionais somaram US$347,4 bilhões em março de 2021, recuo de US$8,7 bilhões em comparação a fevereiro de 2021. O resultado decorreu, principalmente, de US$6,6 bilhão em vendas à vista e de US$1,3 bilhão de concessões líquidas em linhas com recompra. A variação por paridades contribuiu para reduzir o estoque em US$1,4 bilhão. A receita de juros atingiu US$390 milhões.

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