O panorama das empresas estatais brasileiras em 2024 apresenta um cenário preocupante, com o déficit atingindo R$ 8,073 bilhões, conforme dados recentes do Banco Central. O valor representa uma marcante elevação em relação ao resultado negativo de R$ 2,269 bilhões registrado em 2023. Essa situação se consolida como o maior déficit desde o início da série histórica em 2001, considerando apenas as estatais não financeiras, o que exclui gigantes como Eletrobras (ELET3) e Petrobras (PETR4).

O déficit das estatais federais contribui significativamente para essa situação, totalizando R$ 6,734 bilhões em 2024, um salto considerável em relação aos R$ 656 milhões do ano anterior. Para complicar ainda mais o quadro, as estatais estaduais mantiveram seu déficit em R$ 1,3 bilhão, enquanto as municipais viram seu resultado piorar em relação a 2023, embora ainda apresentem uma mudança sem grande impacto, indo de R$ 313 milhões de déficit para R$ 39 milhões.

Impacto do Déficit e Perspectivas

Os Correios, com um déficit específico de R$ 3,178 bilhões, lideram os números negativos entre as estatais. Apesar dessa realidade adversa, a ministra do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, argumenta que o déficit não deve ser visto como um indicativo de fragilidade. Segundo ela, este resultado pode ser reflexo de investimentos feitos com reservas disponíveis, caracterizando um uso estratégico de recursos. É uma perspectiva que deve ser considerada por investidores atentos às dinâmicas das estatais e suas operações cotidianas.

Em um contexto mais amplo, o déficit acumulado das estatais até novembro de 2024 já alcançou R$ 9,108 bilhões, conforme divulgado em relatórios recentes pelo Banco Central. Este novo número representa um incremento notável em comparação aos R$ 3,211 bilhões vistos no mesmo período do ano anterior. As estatais federais, por exemplo, enfrentaram um crescimento expressivo em suas perdas, passando de R$ 343 milhões para R$ 6,041 bilhões.

Para os investidores, o cenário atual indica a necessidade urgente de monitoramento das ações estatais, uma vez que mudanças na gestão ou políticas governamentais podem potencialmente impactar o valor das ações dessas empresas. Com a volatilidade que o déficit atual sugere, ter acesso a informações confiáveis e análises aprofundadas torna-se crucial para qualquer decisão de investimento.

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