Ranking de Ações: Quem está na lanterna semanal é a COGN3 com baixa de -8,47%.
Qual ação estará no topo do Ranking?
A sua será a líder ou ficará na lanterna?
🌎 CENÁRIO EXTERNO
Otimismo pré-FOMC
Mercados
Bolsas asiáticas encerraram a sessão com desempenhos predominantemente positivos. Na zona do euro, índices também amanheceram com viés altista: o Stoxx 600; índice que abrange uma gama de ativos de risco da região, registra variação positiva de 1,0% até o momento. Em NY, índices futuros operam nessa mesma direção, com ganhos na ordem de 0,4%; enquanto o dólar (DXY) segue em trajetória de desvalorização contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos ilustram o mesmo bom humor verificado nos mercados acionários. O preço do petróleo (Brent crude) registra leve valorização (+0,1%), negociado acerca dos US$ 50,80/barril.
Otimismo pré-FOMC
Bolsas internacionais têm nova manhã de alta, com sinais de progresso nas negociações por mais estímulos nos EUA e a decisão de política monetária do FOMC (Comitê de Política Monetária do BC americano) no radar dos investidores. Com relação às negociações, não saiu nada concreto, mas a fala do líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, que prometeu manter os parlamentares em Washington até que um acordo seja fechado, reforçou a determinação dos políticos em chegar a um consenso sobre um novo pacote de gastos. Já com relação à decisão do Fed, divulgada às 16h, a expectativa é que a autoridade monetária incremente o seu Forward Guidance para incluir seus planos com relação ao programa de compra de títulos de forma mais detalhada (gatilhos para alterações, extensão…), com o objetivo a conduzir melhor as expectativas do mercado.
Melhora de prognóstico
Os Índices de Gerentes de Compras (PMIs, na sigla em inglês) dos setores europeus de manufatura e serviços – um dos termômetros de confiança mais importantes da região – superaram expectativas na leitura preliminar de dezembro, indicando uma maior estabilização da economia em meio aos desafios enfrentados pela região com relação à pandemia. Enquanto a indústria segue com os níveis de confiança elevado (55,5), apontando para a forte expansão do setor (leituras acima/abaixo de 50,0 sinalizam expansão/contração da atividade), o setor de serviços registrou uma forte melhora (47,3 ante 41,7 na leitura de novembro) em direção à estabilidade. Desta forma, o conjunto de pesquisas pinta um quadro mais favorável para a economia europeia entrando em 2021, especialmente quando levando em consideração a proximidade do início do processo de vacinação.
Na agenda
Além da decisão de política monetária do Fed (16h) e da coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell, que a sucede (16h30), a agenda americana reserva as vendas no varejo em novembro (10h30), as leituras preliminares dos PMIs de dezembro (11h45), a confiança do construtor (12h) e os estoques brutos de petróleo do Departamento de Energia dos EUA (12h30).
CENÁRIO BRASIL
Bolsonaro defende aumento no Bolsa Família para evitar extensão do auxílio emergencial
Aumento no Bolsa Família
O presidente Jair Bolsonaro revelou ontem que o governo não pretende criar um novo programa de transferência de renda (Renda Cidadã) e não deve estender o auxílio emergencial. Ainda segundo o presidente, “aumentar um pouquinho” a quantia distribuída pelo Bolsa Família é a melhor opção para manter a renda dos mais pobres durante os meses finais da pandemia em 2021.
Fim prematuro do auxílio
Em entrevista concedida à mídia brasileira, Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou sobre os perigos associados a um corte precoce do auxílio emergencial no Brasil. Segundo Georgieva, cortar essa “corda de salvamento” cedo de mais pode prejudicar a retomada econômica; aumentar a desigualdade e elevar o número de brasileiros que vivem na extrema pobreza para 24 milhões. A diretora enfatizou a necessidade de o Brasil traçar um caminho que respeite o teto de gastos e; ao mesmo tempo, ampare a população mais vulnerável.
Investir em vacinas
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu, em evento realizado pelo Eurasia Group; que será mais barato investir em vacinas do que estender o auxílio emergencial. Segundo Campos Neto, uma continuidade dos gastos elevados de 2020 – ano durante qual o Brasil foi um dos países que mais gastou para conter os efeitos da pandemia – pode sinalizar um abandono da ancora fiscal e resultar em cenário de dominância fiscal, situação na qual a política monetária perde sua potência devido à baixa credibilidade de investidores para com os formuladores de política fiscal. O presidente do BC também afirmou que investidores estrangeiros voltaram a enxergar o Brasil como um destino favorável para investimentos; mas alertou que essa avaliação positiva só será sustentada caso o Brasil continue no trilho do ajuste nas contas públicas.
16 meses para imunizar o Brasil
Segundo o plano de vacinas do governo federal, serão necessários 16 meses para imunizar a população do Brasil. A informação vem de uma manifestação enviada ao STF que presta contas sobre como e quando o governo pretende implementar seu plano de vacinas. De acordo com o mesmo comunicado, o governo estima que entregará as vacinas em até cinco dias aos estados após receber o aval da Anvisa. O governo ainda não estabeleceu uma data rígida para a distribuição de vacinas no Brasil; argumentado que só será possível divulgar esta data após as autoridades sanitárias providenciarem uma autorização de uso emergencial ou registro para os vários imunizantes.
São Paulo prevê alta em casos
Projeções do governo do estado de São Paulo preveem uma alta significativa no número de internações relacionadas ao covid-19 no final de janeiro. O governo prevê que esta média diária, que hoje rodeia 1.400 pacientes, pode alcançar 2.000 internações na segunda quinzena de 01/21. O governo do estado está ampliando leitos e não descarta a necessidade de regredir a uma fase mais restritiva do isolamento social como possível resposta à escalda. Também segundo o governo paulista, o impacto estatístico de uma campanha de vacinação deve durar 3 meses para registar um efeito no número de internações.
Na agenda
Em dia de agenda morna, as atenções devem se voltar para a divulgação do fluxo cambial semana pelo Banco Central, às 14h30. Mais cedo (11h30), a autoridade monetária realiza um novo leilão de swaps de US$ 800 milhões não ligado à rolagem.
E os mercados hoje?
Mercados globais ensaiam mais uma sessão de viés positivo; com a decisão de política monetária do Fed e as negociações por mais estímulos no Congresso americano no radar dos investidores. No pano de fundo, dados de confiança mais promissores na zona do euro também contribuíram com o tom mais otimista da manhã.
No Brasil, a falta de planejamento com relação ao orçamento e à campanha de vacinação em 2021 mantém o mercado no limbo sobre como o país entra no ano que vem. Na expectativa pela resolução de uma das questões mencionadas, o investidor acompanha o anúncio dos detalhes operacionais do programa nacional de vacinação pelo presidente e o Ministro da Saúde em evento previsto para as 10h. Desta forma, iniciamos mais um dia marcado pelo otimismo ao redor do mundo; com alta das bolsas e das commodities, o que deverá contaminar o mercado local. Não obstante, a falta de planejamento e a incerteza com relação à abordagem do problema fiscal promovem nebulosidade com relação ao desempenho da economia em 2021.