Os movimentos nas curvas de juros podem conter informações valiosas segundo os analistas do Inter. “Boa parte da expectativa dos agentes do mercado são resumidas nas curvas de juros”, afirmam. E dentre os principais movimentos observados, há quatro que se destacam:

Bear Steepener

Caracterizado pelo fato de as taxas longas aumentarem mais rapidamente que as taxas curtas, inclinando a curva. É associado a um ambiente de maior apetite ao risco e tende a aparecer nos estágios iniciais do ciclo de negócios, após uma recessão em que o banco central cortou as taxas de juros e sinaliza mantê-la em patamar reduzido.

Bear flattener

Ocorre quando as taxas curtas aumentam mais rapidamente que as taxas longas, comprimindo as taxas e deixando a curva mais plana. Tipicamente surge na fase de expansão da economia, pouco antes do Fed aumentar a taxa básica para conter as pressões inflacionárias. 

Bull steepener

Ocorre quando as taxas curtas caem mais rápido que as taxas longas, inclinando a curva. Tipicamente associado com períodos de maior aversão a risco, surge no início de uma recessão, em um ambiente caracterizado pela maior incerteza à medida que o banco central corta as taxas de curto prazo para estimular a economia

Bull flattener

Ocorre quando as taxas longas caem mais rápido que as taxas curtas, tornando a curva mais plana. Surge quando uma recessão passa a ser precificada, antecipando maior turbulência nos mercados e uma maior desinflação.

Movimentos das curvas de juros

Para ativos de risco, de acordo com os analistas do Inter, o ambiente de crescimento é mais importante do que o regime da curva de juros. Os ativos de risco performam relativamente bem em todos os cenários, contanto que a economia esteja acelerando. “Entretanto, o regime mais favorável para os ativos em geral, no contexto de aceleração do crescimento, é o Bull Steepener, ou seja, quando o banco central começa a aliviar o aperto monetário em um momento em que a economia está começando a acelerar seu crescimento”, explicam.

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