A Cteep registrou no 3T20 um lucro líquido ajustado de R$ 400,6 milhões, com queda de 2,4% em relação aos R$ 410,3 milhões de igual trimestre do ano anterior, acumulando no 9M20 um lucro líquido ajustado de R$ 1.627,9 milhões (+85,7%). O resultado no trimestre pode ser explicado pelo crescimento de receita e pela melhora do resultado operacional; a despeito da piora do resultado de equivalência patrimonial e do resultado financeiro. No acumulado do ano o ROAE elevou-se de 19,7% para 23,1% e a margem EBITDA ajustada passou de 78,8% no 9M19 para 88,3% no 9M20.

Cotada a R$ 23,64/ação (valor de mercado de R$ 15,6 bilhões) a ação TRPL4 registra alta de 6,7% este ano. O preço justo de mercado de R$ 25,00/ação traz um potencial de alta de 5,8%.

Destaques

Distribuição de Dividendos intermediários

Com base nos resultados o Conselho de Administração da Cteep aprovou o pagamento de dividendos intermediários no valor total de R$ 344,0 milhões, correspondentes a R$ 0,522095/ação. O direito será devido aos acionistas que constarem na base do dia 04 de novembro de 2020 (data de corte). As ações de emissão da companhia passarão a ser negociadas ex-dividendo a partir de 05 de novembro de 2020. O pagamento será realizado em 13 de novembro. Com base na cotação de R$ 23,64/ação o retorno é de 2,2%.

No 3T20, a receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 956,2 milhões (+22,2%), reflexo do impacto positivo do ciclo da RAP 2020/2021, que considera a variação positiva do IPCA na receita de O&M e da RBSE, pela entrada em operação de projetos de reforços e melhorias, parcialmente compensados pela menor receita de O&M no contrato renovado (059) em função da Revisão Tarifária Periódica (RTP). No 9M20, a receita operacional bruta consolidada alcançou R$ 3,5 bilhões (+46,4%). Já a receita líquida somou R$ 821,3 milhões no 3T20 (+24,7%) e R$ 3,1 bilhões no 9M20 (+49,2%).

Os custos e despesas de O&M somaram R$ 279,0 milhões no 3T20 e R$ 814,0 milhões no 9M20, com redução de 4,9% e 7,9%, respectivamente. O EBITDA ajustado totalizou R$ 679,9 milhões no 3T20, com aumento de 34,0% ante o 3T19; alcançando R$ 2,0 bilhões no 9M20 (+23,5%), explicado principalmente, pelos menores custos e despesas operacionais. A margem EBITDA ajustada foi de 82,2% no 3T20 (+5,2pp) e de 88,3% no 9M20 (+9,5pp).

Os investimentos consolidados da companhia somaram R$ 637,2 milhões no 3T20 e de R$ 920,0 milhões no 1S20, reflexo do aumento dos investimentos das subsidiárias préoperacionais dado o avanço das obras.

Ao final do 3T20 a dívida líquida da companhia era de R$ 2,2 bilhões, equivalente a 0,9x o EBITDA ajustado; e se compara a R$ 2,5 bilhões de dezembro de 2019.

O custo médio da dívida consolidada era de 6,0% em set/20 abaixo de 7,4% em dez/19 em função da queda do IPCA – principal indexador de endividamento da companhia e o principal indexador da receita. O prazo médio da dívida consolidada ao final do 3T20 era de 3,7 anos frente de 3,1 anos em junho/20.

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