“Isso pesa muito no bolso do consumidor, então o índice IPCA consequentemente sobe”

Segundo Pedro Paulo Silveira, gestor da Nova Futura Investimentos, antes de falar sobre inflação, é importante alertar que já foi dada a largada para o aumento da energia elétrica. “No sistema integrado de energia do Brasil, 63% vem das hidrelétricas. Além disso, os reservatórios do sudeste e centro-oeste abastecem cerca de 44% do país. Contudo, os mesmos estão só com 30% da sua capacidade. Para começar o período de chuva, apenas em outubro ou novembro. Portanto, em todo esse período, estará seco. Se é verdade que a economia do país está se recuperando, depende da geração de energia. Então, o consumo vai subir fortemente, fazendo com que o sistema tenha bastante pressão”, explica.

Silveira completa que para se contrapor a essa pressão, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anuncia hoje (29) o reajuste das bandeiras tarifárias que, automaticamente, vai chegar na conta de luz em forma de aumento. “Isso pesa muito no bolso do consumidor, então o índice IPCA deve subir novamente. No mínimo, podemos ter um cenário extremamente ruim para a inflação. Os preços vão aumentar e tem muita coisa que depende de água e energia, como o próprio agronegócio. Desta forma, o IPCA de maio teve um aumento de 0,83%, acumulando 8,06% em 12 meses. Contudo, esse cenário pode piorar ainda mais nos próximos meses devido à crise hídrica”, completa.

Para Matheus Jaconeli, Economista da Nova Futura Investimentos, o IBGE divulgou um resultado um pouco acima do esperado pelo mercado. “O IPCA, principal índice de inflação do país, referente ao mês de maio superou levemente nossas expectativas. As projeções tendiam a um acumulado de aproximadamente 8% ao ano, com um aumento de 0,70% no mês. A situação dos reservatórios decorrente da crise hídrica está impactando a energia e o aumento nos preços dos combustíveis contribuiu para que ocorresse o avanço do índice.

Sobre a Nova Futura Investimentos

Sócia-fundadora da BM&BOVESPA, a Nova Futura Investimentos, foi fundada em 1983, atuando nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros. Com presença nacional, a instituição financeira conta com 21 escritórios espalhados por diversas cidades do país. Ao longo de mais de três décadas de existência, se consolidou como uma das maiores e mais independentes casas de investimentos do Brasil.

Com tradição no mercado institucional, vem se tornando referência no varejo, oferecendo a mesma qualidade já ofertada ao mundo empresarial agora também para pessoas físicas. Em 2017, confirmando a tradição de excelência, a corretora recebeu o selo Nonresident Investor Broker, que reconhece a estrutura organizacional e tecnológica especializada na prospecção de clientes, prestação de serviços de atendimento consultivo assim como execução de ordens e distribuição de produtos da BM&FBovespa para investidores não residentes.


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