Com mais de R$ 10 bilhões sob gestão, a Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) é a quinta maior gestora do mercado de Fundos Imobiliários (FIIs).

Com a crise do Credit Suisse no exterior, os cotistas dos FIIs, geridos pela gestora no Brasil, querem saber se há riscos para os fundos.

O analista Marx Gonçalves, especialista em Fundos Imobiliários da Nord Research, disse que não há riscos de perda patrimonial para os cotistas dos fundos da gestora, como é o caso do HGLG11, HGRU11, HGRE11, HGPO11, HGFF11, HGRI11, entre outros.

Por que os cotistas não precisam se preocupar?


Apesar da severa crise de confiança no Credit Suisse, os FIIs não serão impactados por terem seus patrimônios separados da tesouraria do banco.

“Os FIIs pertencem aos cotistas, e não à gestora, que é ‘apenas’ uma prestadora de serviços. Nesse sentido, o patrimônio líquido dos fundos é totalmente segregado do patrimônio do gestor/administrador, de modo a justamente evitar qualquer risco de contágio financeiro por problemas associados aos prestadores de serviços”, explica Gonçalves.

Risco é perder talentos e/ou troca de gestora

O analista acredita ainda que, apesar das incertezas relacionadas à saúde financeira da CSHG, não há risco de perda patrimonial para os cotistas dos FIIs da gestora.

“No pior cenário, o que poderia ocorrer com esses fundos em um caso limite seria uma eventual troca do time de gestão ou até mesmo da gestora, o que seria ruim, visto que o atual time do Credit Suisse entrega um ótimo trabalho”, avalia.

Ainda assim, o analista comenta que é precoce trabalhar com esse cenário no momento.

Entenda a crise do Credit Suisse


crise de confiança sobre o Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, cresceu durante o final de semana.

Na segunda-feira, 3, a instituição financeira tentou amenizar os temores sobre a fase crítica em um memorando a funcionários.

É esperado que o banco precise de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões para conter problemas dentro do banco.

Ao que tudo indica, em 2021, dois escândalos causaram prejuízos bilionários para o Credit Suisse: o Archegos Capital Management e o Greensill.

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