Setor imobiliário chinês provoca queda do Ibovespa em quase 2%; entenda como bolsas internacionais mechem com o índice do Brasil

O mercado de ações começou a semana com o pé esquerdo. Isso porque as bolsas asiáticas apresentaram quedas preocupantes, como o índice Hang Seng de Hong Kong (HSI), um dos mais importantes do continente.

O indicador liderou as perdas de todas as bolsas em negociações efetuadas hoje (20). Entre as grandes quedas, estavam os ativos da segunda maior incorporadora imobiliária da China, a Evergrande Group, que  finalizou o dia com um valor negativo de 10,24%.

Como consequência desse cenário preocupante, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, obteve uma queda de mais de 3%.

Por que isso aconteceu? Veja como o cenário externo influenciou os números no Brasil:

Relação da empresa com o Brasil

No pregão desta segunda-feira, o Ibovespa acumulou uma queda de mais de 3%, ficando com 107.613,93 pontos. Com isso, ficou claro para o mercado que o motivo do mal desempenha vem de causas asiáticas.

Isso porque a queda das bolsas asiáticas, principalmente da empresa Evergrande, pode representar um calote de bilhões no Brasil.

Como assim calote?

Na última terça-feira (14), a Evergrande foi ao público e afirmou que há possibilidades de não conseguir arcar com suas dívidas e pagar seus devedores. Só com o Brasil, um dos principais importadores da China, a empresa deve cerca de US$ 300 bilhões.

Portanto, com a falta de pagamento e a possibilidade da China diminuir o ritmo de importação de minérios e commodities do Brasil, os preços daqui vão para o chão, incluindo o índice Ibovespa.

Devido a dívida ser enorme, alguns analistas consideram a possibilidade de um colapso no sistema financeiro chinês, o que pode gerar problemas nos mercados e economias internacionais. Afinal, a China é uma grande compradora de produtos internacionais. Além disso, a Evergrande também tomou empréstimos em outros países.

Crise com a chinesa Evergrande provoca queda de mais de 3% no Ibovespa; entenda como o caso afeta a Brasil
Empresa chinesa Evergrande

Volatilidade do mercado

Com esse episódio internacional, é possível perceber como o mercado brasileiro funciona. Isso porque as quedas e altas estão pautadas em hipóteses ou previsões para o futuro.

Ou seja, a queda das bolsas asiáticas advindas de ações de suas grandes empresas pode prejudicar o pagamento de sua dívida com o Brasil, assim como diminuir o ritmo de compra em commodities.

Portanto, isso afetaria o país, que por sua vez vê seu principal índice, o Ibovespa, cair também. O mesmo acontece com questões vindas dos Estados Unidos, graças a sua grande influência sobre vários países.

Sendo assim, na hora de investir ou escolher seus ativos, os especialistas afirmam que é importante visualizar possíveis obstáculos internacionais e traçar estratégias pautadas nos diferentes cenários externos e internos.


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