Nos últimos anos, as criptomoedas vêm ganhando força, e, apesar de suas flutuações características, mais e mais pessoas começam a ver esses ativos como uma opção de investimento.
Entretanto, a criptomoeda, assim como qualquer outro investimento com potencial de altos retornos, é um empreendimento arriscado. Então, se você está pensando em investir em moeda virtual, é importante avaliar os custos e benefícios antes de adicionar criptomoedas à sua carteira de investimentos.
O que são criptomoedas?
Criptomoedas são moedas digitais que servem de meio de troca realizados de forma online, onde “crypto” refere-se aos vários algoritmos de criptografia que tornam quase impossível falsificar uma criptomoeda.
Essas moedas digitais funcionam, em sua maioria, por meio de uma tecnologia chamada blockchain.
Além disso, em geral não são emitidas por nenhuma autoridade central, com isso, tornam-se imunes à interferência ou manipulação do governo.
Vale destacar que, por ser negociada em um mercado completamente livre e descentralizado, as criptomoedas costumam oscilar de forma mais forte, o que resulta em uma alta volatilidade.
O Bitcoin é a primeira, mais popular e mais valiosa criptomoeda do mundo e levou à criação de milhares de alternativas, ou altcoins.
Algumas são variações próximas do Bitcoin (BTC), como Bitcoin Cash, Litecoin (LTC) ou Bitcoin Diamond. Outros se concentram na privacidade, como Monero e ZCash.
Alguns são nomeados em homenagem aos deuses gregos (Moeda Apollo), répteis (Komodo) ou mesmo memes da internet (Dogecoin).
Fato é que existem milhares de criptomoedas diferentes disponíveis, sendo complicado aplicar a todas uma única definição.
Como surgiram as criptomoedas?
As primeiras criptomoedas surgiram entre 2008 e 2009 por um indivíduo ou grupo conhecido pelo pseudônimo “Satoshi Nakamoto“.
Em um artigo intitulado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” Nakamoto descreveu o projeto como “um sistema de pagamento eletrônico baseado em provas criptográficas em vez de confiança”.
Surgia então o Bitcoin, moeda digital com a promessa de permitir pagamentos de forma ágil, segura e barata, através de um sistema transparente e descentralizado.
O Bitcoin tornou-se mais popular entre os usuários que viram o quão importante e lucrativo ele poderia se tornar.
Para se ter uma ideia, em abril de 2011, um Bitcoin valia um dólar americano (USD), já em fevereiro de 2021, um Bitcoin valia mais de 53 mil dólares americanos.
Vale destacar que no mesmo documento publicado por Nakamoto, foi estabelecido um número limite de 21 milhões de Bitcoins em circulação no mundo.
Diante disso, estima-se que a última moeda será minerada até o ano de 2140.
Quais são as principais criptomoedas?
O Bitcoin mudou a maneira como as pessoas pensam sobre dinheiro. A partir disso, centenas de outras criptomoedas foram criadas.
Em comum, essas moedas buscam oferecer as melhores funcionalidades e uma tecnologia mais avançada de pagamentos.
Entre as criptomoedas com maior valor de mercado atualmente estão:
Bitcoin
O Bitcoin (BTC) foi a primeira criptomoeda do mundo e até hoje possui forte presença global.
Ele foi criado em 2008, em meio à crise financeira do mercado norte-americano de hipotecas, e que teve reflexos no mundo todo.
O intuito era substituir o dinheiro de papel e eliminar a atuação dos bancos como intermediários nas operações financeiras.
Além disso, essa criptomoeda apresentou o primeiro sistema de pagamentos global totalmente descentralizado.
Diretamente associado ao blockchain, o Bitcoin ganha de todas as criptomoedas quando o assunto é base de usuários, liquidez e segurança.
Ao comparar o valor de mercado, o Bitcoin é quase três vezes maior do que a soma do valor de mercado das outras 9 criptomoedas que compõem o ranking das 10 maiores.
Em fevereiro de 2021, o Bitcoin chegou a bater o recorde em valor de mercado ao alcançar a marca de US$ 1 trilhão ou R$ 5,4 trilhões no mesmo dia.
Para se ter um ideia da dimensão desse valor, o mercado de Bitcoin chegou a valer mais do que todas as empresas listadas na B3 que juntas somavam R$ 5,1 trilhões em fevereiro de 2020.
Algumas das maiores empresas em todo o mundo, incluindo Microsoft, Overstock e AT&T, aceitam o Bitcoin como um método de pagamento.
Ethereum
A Ethereum (ETH) é, atualmente, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado. Em fevereiro de 2021, seu valor de mercado estava acima de US$ 197 bilhões.
A moeda foi criada em 2014 por meio de um financiamento coletivo e seu objetivo principal era permitir aos desenvolvedores criar aplicativos descentralizados.
Inicialmente, essa moeda digital se chamava Ether. No entanto, em 2016 um hacker encontrou uma falha no sistema e roubou cerca de US$ 50 milhões em Ether.
Ao repensar sobre qual seria o futuro da moeda, a comunidade que a mantinha optou por criar uma nova rede. Então, o Ether – alvo do roubo – passou a ser chamado de Ethereum.
O Ethereum usa tecnologia blockchain mais avançada que o Bitcoin. Às vezes é chamado de Blockchain 2.0.
Além disso, essa criptomoeda permite que seus usuários projetem e construam seus próprios aplicativos descentralizados em sua blockchain.
Os desenvolvedores do Ethereum podem criar versões de aplicativos centralizados como Facebook, Amazon, Twitter ou até mesmo Google.
Assim como no caso do Bitcoin, a criação de novas moedas do Ethereum também se baseiam no processo de mineração.
Tether
O Tether (USDT), lançado em 2014, é uma stablecoin, logo, pareadas em algum ativo estável ou cesta de ativos.
Em outras palavras, suas criptomoedas em circulação são apoiadas por uma quantidade equivalente de moedas fiduciárias tradicionais, como o dólar, o euro ou o iene japonês, que são mantidas em uma conta bancária designada.
Dessa forma, diferentemente de outras criptomoedas, o Tether possui menos volatilidade.
Isso permite que ele seja utilizado como meio de troca e um modo de armazenamento de valor, em vez de ser usado como meio de investimentos especulativos.
Chamado de “moeda estável” por alguns investidores em criptomoedas, o Tether foi especificamente projetado para construir a ponte necessária entre moedas fiduciárias e criptomoedas e oferecer estabilidade, transparência e taxas mínimas de transação aos usuários.
Cada token USDT é resgatável por um dólar correspondente mantido sob custódia pela Tether Limited. Diz-se que o valor total de todos os USDT é igual às reservas detidas pela empresa.
Uma vez que um USDT é recém-cunhado e emitido, ele pode ser transferido, armazenado e gasto por uma variedade de empresas (exchanges, carteiras, serviços financeiros) e comerciantes individuais que procuram evitar a volatilidade às vezes extrema dos mercados de criptomoedas.
O USDT continua sendo a maior e mais utilizada stablecoin.
Ripple
A Ripple (XPR) é uma criptomoeda que foi projetada para ser usada pelos bancos para tornar seus pagamentos mais rápidos.
É conhecida como moeda do banqueiro e há muitas parcerias com bancos globais atualmente sendo trabalhadas.
Ao contrário de outras criptomoedas, a Ripple é uma moeda centralizada. Assim sendo, a empresa por trás da Ripple (chamada Ripple Labs) possui a maioria dos tokens Ripple (XRP).
Outra característica diferente das demais criptomoedas é que em vez de usar o conceito de mineração blockchain, a Ripple usa um mecanismo exclusivo através de uma rede de servidores para validar transações.
Além disso, suas transações são confirmadas em segundos a custos muito baixos.
Enquanto o Bitcoin tem uma oferta total de quase 21 milhões de criptomoedas, o XRP tem um total de 100 bilhões de criptomoedas pré-mineradas.
Bitcoin Cash
Criado em 2017, o Bitcoin Cash (BCH) nasceu da cisão do Bitcoin original. Sua principal função é a de permitir transações de blocos maiores, tornando o processo mais rápido.
Sendo assim, o Bitcoin Cash é capaz de processar transações mais rapidamente do que a rede Bitcoin, tornando o tempo de espera mais curto e as taxas de processamento de transações menores.
A rede Bitcoin Cash pode lidar com muito mais transações por segundo do que a rede Bitcoin.
No entanto, com o tempo de verificação de transações mais rápido vem desvantagens também.
Um problema potencial com o tamanho do bloco maior associado ao Bitcoin Cash é que a segurança pode ser comprometida em relação à rede Bitcoin.
Da mesma forma, o Bitcoin continua sendo a criptomoeda mais popular do mundo, bem como a maior por capitalização de mercado, de modo que os usuários do Bitcoin Cash podem descobrir que a liquidez e a usabilidade no mundo real é menor do que para o Bitcoin.
Litecoin
Os Litecoins (LTC) foram criados por Charlie Lee em outubro de 2011 inspirado no formato do Bitcoin.
Dessa forma, essa criptomoeda também é sustentada por uma rede peer-to-peer em um projeto de software livre.
Entretanto, a rede Litecoin processa um bloco cada 2,5 minutos, em vez de cada 10 minutos, como é o caso do Bitcoin.
Além disso, o sistema Litecoin irá produzir 84 milhões de criptoativos, o que representa quatro vezes mais unidades do que a rede Bitcoin.
Qual a diferença entre criptomoedas e moeda digital?
O conceito de moeda digital pode ser entendido como “dinheiro eletrônico”, dessa forma ao fazer pagamentos com cartão de crédito ou débito, por exemplo, você está lidando com moeda digital.
Diante disso, podemos classificar a criptomoeda como uma espécie de moeda digital também. Entretanto, elas possuem características muito peculiares que a distinguem de outras moedas digitais.
Isso porque, enquanto as criptomoedas têm como principal característica a descentralização dos meios de pagamentos, na moeda digital o sistema é centralizado.
Para ficar mais claro, imagine, por exemplo, a Mastercard, onde todas as transações realizadas no crédito ou débito precisam ser confirmadas pela companhia.
Além disso, a operadora pode bloquear movimentações e até mesmo mudar as regras da rede a qualquer momento que achar necessário.
Isso é possível porque, sendo a Mastercard uma entidade centralizada, ela tem controle total e poder de decisão sobre todo o funcionamento do sistema.
Em sentido contrário, as criptomoedas são totalmente descentralizadas. Qualquer atualização ou mudança deve passar pela análise da comunidade.
Desse modo, na maior parte das criptomoedas ninguém manda na rede, já que as criptomoedas foram desenhadas para serem descentralizadas e, logo, democráticas.
Vale destacar ainda que é praticamente impossível conseguir hackear uma criptomoeda, como também é quase impossível derrubar a rede para que ela fique indisponível.
Por outro lado, quando se fala em moedas digitais de uma forma geral é mais frequente que suas redes sejam interrompidas por ataques em seus servidores Em outras palavras, as moedas digitais são muito mais vulneráveis a hackers.
Como as criptomoedas são negociadas?
As criptomoedas são negociadas por meio de exchanges, que nada mais são do que corretoras de câmbio voltadas para criptoativos.
Dessa forma, elas conectam compradores e vendedores facilitando a compra, venda e troca de moedas digitais e tokens.
Além disso, as exchanges protegem os dois lados de uma transação de riscos de fraude, em troca desse serviço cobram taxas de intermediação e liquidação.
No entanto, nada impede uma pessoa de comprar criptomoedas e tokens diretamente de outro detentor.
Mas vale destacar que, na transação realizada diretamente entre usuários fica impossível saber a origem dos recursos.
Atualmente, existe um série de exchanges espalhadas pelo mundo, entre as mais conhecidas estão a Coinbase, Foxbit e Bitfinex.
Bitfinex
A Bitfinex é uma exchange de criptomoedas com sede em Hong Kong que foi fundada em 2012 pela iFinex inc.
Trata-se de uma das maiores exchanges a nível global, de modo que oferece serviços de negociação de ativos digitais para usuários em todo o mundo.
A empresa inicialmente começou como uma plataforma de empréstimo de margem apenas para Bitcoin, mais tarde adicionou suporte para mais criptomoedas.
Alguns dos fundadores e a gestão da iFinex inc. também estão relacionados com a Tether, a Stablecoin dos EUA.
Em 2015 a exchange foi hackeada pela primeira vez e 1500 Bitcoins foram roubados.
O roubo de abril de 2016 de quase 120.000 BTC da Bitfinex é o segundo maior roubo de Bitcoin da história, superado apenas pela perda de cerca de 750.000 BTC pela Mt. Gox.
Como o preço das criptomoedas é determinado?
Como em qualquer mercado, o preço da criptomoeda é determinado pela lei da oferta e demanda.
Nos últimos anos, observamos a formação de uma montanha-russa para milhões de investidores cripto em todo o mundo. Embora muitos tenham feito milhões devido a grandes aumentos, outros muitos perderam seus investimentos devido a súbitas quedas.
Para se ter uma ideia, em um período de apenas um mês em 2020, entre fevereiro a março, o preço do Bitcoin despencou de US$ 9.907 para US$ 5.182.
Um ano depois, em fevereiro de 2021, o Bitcoin bateu em US$ 47.440. As cotações, como se vê, podem ser bastante voláteis.
No entanto, vale destacar que é essa volatilidade que dá origem a oportunidades de negociação
Como a oferta de muitas criptomoedas é previsível ou fixa, seu preço se move de acordo com o número de pessoas que querem comprá-las.
Se as pessoas começarem a acreditar que o preço de uma determinada criptomoeda não vai mais subir, elas começarão a vendê-la.
Isso reduzirá o valor da criptomoeda e incentivará outros investidores a fazer o mesmo. Este círculo vicioso pode fazer com que os preços despenquem muito rapidamente.
Por outro lado, se os investidores estão comprando uma criptomoeda, isso poderia criar um efeito cascata que poderia até mesmo levar a uma bolha de preços.
Desse modo, é possível perceber que o simples rumor sobre uma criptomoeda ou o mercado pode influenciar movimentos de preços. Notícias, anúncios, expectativas, percepção e sentimento dos investidores efetivamente movimentam o mercado.
Outro ponto que precisa ser considerado diz respeito à falta de regulação. Governos de todo o mundo estão lutando para colocar em prática marcos regulatórios adequados sobre criptos. Enquanto alguns estão reprimindo os ativos digitais, outros estão procurando maneiras de proteger os investidores.
O problema é que, na ausência de fiscalização regulatória, pode ocorrer manipulação de mercado, o que introduz volatilidade.
Logo, um mercado global e não regulamentado provavelmente verá grandes oscilações de preços.
Como funciona a mineração das criptomoedas?
Em primeiro lugar, antes de saber como funciona a mineração, é preciso entender que as criptomoedas representam um código complexo que não pode ser alterado.
Como não existe uma autoridade central que controle as transações, elas precisam ser registradas e validadas uma a uma por um grupo de pessoas, que usam computadores para gravá-las no blockchain.
Um blockchain é um banco de dados compartilhado e mantido por uma comunidade, em oposição a uma entidade centralizada.
A cada nova transação realizada, como uma transferência entre duas pessoas, por exemplo, é verificado no blockchain se a criptomoeda não foi usada anteriormente por outra pessoa.
Os responsáveis por registrar as transações no blockchain são os chamados mineradores.
Sendo assim, a mineração é o termo usado para o processo de validação e registro de novas transações em uma blockchain.
Dito de outro modo, a mineração representa a criação de novas unidades de alguns tipos de criptomoedas.
Vantagens das criptomoedas
As criptomoedas são ativos relativamente recentes no mercado e com uma dinâmica de funcionamento um tanto complexa.
Entre as vantagens que esse tipo de ativo tem sobre os demais, podemos citar:
1. Elimina intermediários
Em negócios tradicionais, corretores, agentes e representantes legais podem adicionar complicações e despesas significativas ao que deveria ser uma transação simples. Há papelada, taxas de corretagem, comissões entre outros.
Desse modo, uma das vantagens das transações de criptomoedas é que elas são “peer-to-peer”, ocorrendo em uma estrutura de rede que elimina o intermediário.
Isso leva a uma maior clareza no estabelecimento de auditorias, menos confusão sobre quem deve pagar o que a quem. Além de maior responsabilização, na qual as duas partes de uma transação sabem quem são os envolvidos.
2. Transações confidenciais
Nos sistemas tradicionais de crédito, todo o seu histórico de transações pode se tornar um documento de referência para o banco ou agência de crédito envolvida.
Desse modo, para transações mais complexas, pode ser necessário um exame mais aprofundado do seu histórico financeiro.
Quando se trata de criptomoeda, cada transação que você faz é uma troca única entre duas partes.
Além disso, a troca de informações é feita em uma base “push”, pela qual você pode transmitir exatamente o que deseja enviar ao destinatário, ou seja, nã é necessário vincular informações pessoais do usuário à transação.
Outra vantagem é que o usuário pode proteger o dinheiro com cópias de segurança e criptografia.
Isso protege a privacidade do seu histórico financeiro e protege você da ameaça de roubo de conta ou identidade, que é maior no sistema financeiro tradicional, onde suas informações podem ser expostas a qualquer momento.
3. Não há taxas
As taxas de transação podem representar uma parcela significativa em seus investimentos, sobretudo se você estiver realizando muitas transações em um mês.
No caso das criptomoedas, uma vez que os mineradores de dados fazem a “trituração” dos números que geram criptomoedas, eles recebem sua compensação financeira pelo serviço, desse modo as taxas de transação geralmente não se aplicam.
Até podem haver algumas taxas externas envolvidas, caso se contrate os serviços de uma gestora de carteira de criptomoedas, por exemplo, mas ainda assim essas taxas provavelmente serão muito menores que as taxas de transação aplicadas por sistemas financeiros tradicionais.
4. Comércio internacional facilitado
As criptomoedas, por sua própria natureza, não estão sujeitas às taxas de câmbio, taxas de juros, encargos de transações ou outras taxas impostas por um país específico.
E usando o mecanismo peer-to-peer da tecnologia blockchain, transferências e transações transfronteiriças podem ser efetivadas sem complicações sobre flutuações cambiais e afins.
5. Segurança
Uma vez que uma transferência de criptomoeda tenha sido autorizada, ela não pode ser revertida como no caso das transações de estornos permitidas por empresas de cartão de crédito.
Trata-se de uma proteção contra fraudes que exige que um acordo específico seja feito entre um comprador e um vendedor em relação a reembolsos em caso de erro ou política de devolução.
Além disso, as fortes técnicas de criptografia empregadas em todos os processos de transação de blockchain e criptomoedas são uma garantia contra fraudes e adulteração de contas. Além de garantir a privacidade do consumidor.
6. Seu dinheiro é somente seu
As criptomoedas oferecem um nível de independência impossível com outros meios.
Quando você guarda seu dinheiro em um banco, você está à mercê de outras pessoas e organizações.
A qualquer momento, seu acesso ao dinheiro pode ser limitado ou o banco pode ser roubado ou ir à falência.
Já quando se trata de criptomoedas, seu dinheiro é só seu e permanece com você para sempre. Você não precisa de instituições financeiras para mantê-lo ou transferi-lo.
Riscos das criptomoedas
As flutuações de preços costumam ser um problema significativo para as criptomoedas, sobretudo se o investidor quiser negociar com baixos riscos e ganhar rentabilidade considerável no longo prazo.
A verdade é que o mercado Bitcoin e outras criptomoedas é altamente instável e o seu característico efeito cascata pode levar a enormes perdas financeiras.
Para se ter uma ideia, em 02 de janeiro de 2021, você precisava de US$ 40.151 para comprar um Bitcoin. Exatamente 14 dias depois, em 16 de janeiro, o preço caiu para US $ 32.088.
Além da alta volatilidade característica do mercado, as criptomoedas possuem outros riscos em comum, como:
1. Complexidade
Criptomoedas dependem exclusivamente da tecnologia, desse modo, para aqueles que não estão familiarizados com o básico sobre como ela funciona podem achar todo o processo confuso e desafiador.
Além disso, a terminologia em uso pode ser muito complicada para algumas pessoas, especialmente aquelas que não têm ideia do que são moedas digitais.
Além disso, há muito ceticismo e dúvida em torno do mundo das criptomoedas, e a maioria das pessoas associa isso a fraudes, atividades criminosas e hackers.
Por esse motivo, é altamente aconselhável investir em criptomoedas somente se você tiver algum conhecimento sobre como ela opera.
2. Perdas Financeiras
Os pagamentos feitos com criptomoedas são definitivos e não podem ser revertidos.
Então, se você esquecer ou perder sua chave, sua carteira permanece trancada junto com os ativos dentro. Em outras palavras, Isso significa que você não pode recuperar suas criptomoedas.
Além disso, como não há opções de cancelamento, se você transferir cripto ativos por engano para a carteira errada, você pode dizer adeus às suas moedas.
Como investir em criptomoedas?
Basicamente é possível investir em Bitcoins e outras criptomoedas por meio de dois caminhos: fundos ou corretoras.
Fundos de criptomoedas
Em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitiu que os fundos brasileiros fizessem investimentos indiretos em criptomoedas no exterior – comprando derivativos ou cotas de outros fundos, por exemplo.
Os fundos de criptomoedas podem ser uma boa alternativa para quem quer se expor ao mercado de criptomoedas, mas não se sente seguro para fazer isso sozinho, visto que quem decide e acompanha as aplicações é o gestor do Fundo.
Esses investimentos são distribuídos por corretoras e plataformas de investimento e alguns demandam aplicações de valor relativamente baixo (de R$ 5.000 ou até menos).
Exchanges
Outra forma relativamente simples de investir em criptomoedas é por meio de uma corretora especializada em criptomoedas, também chamadas de exchanges.
É ela quem vai intermediar as relações de compra e venda, cobrando uma taxa a cada negociação efetivada.
Existem algumas casas no Brasil, chamadas de exchanges, que oferecem esse tipo de serviço, como a Foxbit, BitBlue, Mercado Bitcoin, Coinext, entre outras.
Já entre as corretoras mais famosas do mundo estão a Coinbase, GDAx e Bitfinex.
Mas de forma geral, para abrir conta em uma exchange é necessário preencher um cadastro com seus dados pessoais. É possível ainda que a corretora solicite a apresentação de alguns documentos ou cópias deles para validar a identidade do investidor.
Com a conta aberta, o investidor deverá efetuar um depósito por meio de transferência a fim de ter saldo disponível para negociações.Vale destacar ainda que algumas corretoras de criptomoedas adotam, além das senhas usuais, mecanismos extras de proteção como tokens.
Perguntas frequentes sobre criptomoedas
Quais são as principais Criptomoedas?
As principais criptomoedas do mercado são o Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash, Litecoin, Ripple, Tether, Binance Coin, Polkadot, Cardano e Chainlink.
Qual o preço das Criptomoedas?
O preço das criptomoedas é variável. Em fevereiro de 2021 o preço das princiais criptomoedas era o seguinte: Bitcoin R$ 249.256,92, Ethereum R$ 8.067,34, Binance Coin R$ 1.158,08, Polkadot R$ 171,63
Quanto vale 1 Bitcoin?
Em fevereiro de 2021 1 Bitcoin era igual a US$ 45.595,50 ou R$ 249.256,92.
Qual o valor do Bitcoin no início?
O Bitcoin começou a ser transacionado em fevereiro de 2010 e valia menos de US$ 0.003 na época.
Quantos tipos de moedas digitais existem?
Atualmente, existem mais de 5 mil criptomoedas disponíveis no mercado.
Bibliografia
https://coinmarketcap.com/
https://www.consumer.ftc.gov/articles/what-know-about-cryptocurrency
https://www.bitfinex.com/
O post Criptomoedas: descubra o que são e como funcionam esses ativos digitais apareceu primeiro em Suno.
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