Bitcoins (BTC) indo para o lixo? Descubra como proteger seus ativos digitais

Ao longo dos últimos anos vimos um crescimento robusto do mercado de criptoativos no Brasil e no mundo. Uma parte muito relevante do crescimento dessa classe de ativo no mercado nacional foi devido a profissionalização da indústria e o acesso dado por algumas gestoras a essa classe de ativo.

Pioneira nesse segmento, a Hashdex foi a primeira gestora a listar um ETF na Nasdaq que representa uma carteira com os principais criptoativos do mercado, criar fundos que dão acesso a esse ETF com aplicações a partir de R$ 1.000,00 e mais recentemente a lançar um ETF na B3 que replica o índice da Nasdaq chamado HASH11.

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Utilizando essa expertise fizemos algumas perguntas para Conrado Magalhães, analista de criptoativos da Hashdex sobre o momento da indústria. Confira:

Victor Oliveira: O que está motivando esse movimento de queda tão bruta do Bitcoin nos últimos meses e de outros criptoativos como o Ethereum? 

Conrado Magalhães: Desde que atingiu a sua última máxima histórica no início de novembro, o Bitcoin, assim como o mercado de criptoativos como um todo, passa por um momento desafiador como consequência de uma série de dinâmicas desfavoráveis que aumentaram a aversão ao risco de todo o mercado financeiro. 

As incertezas em torno dos impactos da cepa omicron foram o primeiro driver da queda no final do ano passado, mas a confirmação de uma taxa de inflação mais acentuada e duradoura do que antes antecipada e a esperada reação do Fed, que deve envolver uma série de aumentos na taxa de juros americana, foi o fator mais impactante.       

Como os criptoativos têm um caráter especulativo e são propensos à volatilidade, a tendência é que essa classe de ativo sofra baixas mais acentuadas em momentos em que o mercado busca reduzir a sua exposição ao risco. 

Além dessas questões macro que afetaram o mercado financeiro como um todo, alguns eventos específicos do ecossistema de cripto impulsionaram, mesmo que em menor grau, as quedas registradas em 2022. Entre esses eu destacaria os cortes de internet no Cazaquistão, o segundo maior hub de mineração de Bitcoin no mundo, e a divulgação de um relatório do Banco Central da Rússia defendendo o banimento da transação e mineração de criptoativos no país. 

Especificamente em relação ao Ethereum, além de todos os fatores supramencionadas, também houve uma queda particularmente acentuada no preço de tokens de projetos relacionados a games e ao metaverso, que impactaram negativamente o preço de protocolos de contratos inteligentes como o Ethereum. 

V: O histórico de volatilidade dos criptoativos e em especial do Bitcoin é de grandes movimentações com quedas de mais de 70% antes de novos períodos de ganhos, vocês acreditam que dessa vez podemos ter um novo rali de alta com a queda atual dos criptoativos? 

C: O Bitcoin tem um histórico de grande resiliência, raramente registrando perdas em horizontes de vários anos. Dito isso, é difícil prever com qualquer grau de precisão o início de um novo ciclo de altas. Contudo, continuamos acreditando no potencial transformador das tecnologias de blockchain e da sua contínua massificação, ambos que tornam os criptoativos, para os investidores que almejam retornos de longo prazo, uma classe de produtos financeiros bastante atraente. 

V: Vimos ao longo dos últimos anos a entrada de novos investidores brasileiros nos Criptoativos muito possibilitados pelo acesso dado aos investidores por vocês da Hashdex, qual conselho vocês dariam para os investidores que ainda não tiveram a experiência de ver os preços caírem da forma que estão caindo agora? 

C: Para esses novos investidores, é importante destacar que, apesar das recentes quedas, vários desenvolvimentos favoráveis continuam demonstrando o progresso sendo registrado dentro do ecossistema de criptoativos. 

A rápida recuperação do volume de mineração do Bitcoin, após o banimento dessa atividade na China em junho de 2021, comprovou a resiliência da rede frente a regulamentações adversas.   

Também podemos destacar o sucesso de projetos associados aos contratos inteligentes da rede do Ethereum, como o enorme interesse gerado pela venda de NFTs e a crescente adesão aos projetos de finanças descentralizadas. Ambos apontam para um futuro bastante promissor para o universo de criptoativos. 

Por último, eu ressaltaria o fato de que o ano de 2021 foi marcado por um volume recorde de investimentos de venture capital em projetos cripto. Segundo reportagem da Bloomberg, foram U$ 30 bilhões investidos. Essa quantia superou todos os anos anteriores juntos e é mais de quatro vezes maior do que o antigo recorde (US$ 7,2 bilhões) de 2018. Esse aumento vertiginoso representa uma nítida sinalização do mercado financeiro tradicional a respeito do potencial de crescimento e geração do valor dos projetos desse ecossistema.  

Também é importante ressaltar para os novos investidores de cripto que a resiliência necessária para resistir a momentos desafiadores é fruto de uma estratégia de alocação de recursos ponderada e condizente com a grau de tolerância ao risco específico de cada investidor. Ou seja, é importante não expor a sua carteira de investimentos excessivamente à volatilidade dos criptoativos, assim evitando grandes apuros em momentos em que esse mercado inicia um ciclo de quedas acentuadas. 

Na direção oposta, para aqueles que gostariam de aumentar a sua exposição, as quedas representam uma boa oportunidade para alocar mais recursos.    

V: Comprar quando cai e vender quando sobe é o sonho de todos os investidores de todas as classes de ativos, vocês acreditam que é hora de comprar mais ou ainda não chegamos nesse momento? Estamos próximos dos 30 mil dólares preço o qual alguns especialistas indicam que há um suporte, vocês acreditam que o Bitcoin tem esse suporte ou ainda não podemos olhar por esse prisma de análise técnica para essa classe de ativos? 

C: A análise técnica revela importantes insights a respeito das dinâmicas que regem o preço de ativos financeiros, mas não provém garantias ou certezas.  Quando enxergamos os investimentos como uma iniciativa de longo prazo, a importância de precisar o exato momento do fim de um ciclo de quedas se torna menos relevante. No caso dos criptoativos, é ainda mais importante se nortear com teses de longo prazo e evitar estratégias de investimento baseadas em dinâmicas imediatistas que oferecem um grau de previsibilidade muito restrito.  

V: A Hashdex está fazendo algumas mudanças no público-alvo dos seus fundos qual o objetivo dessas mudanças? 

C: A Hashdex continua expandindo o seu leque de produtos financeiros para melhor servir o público interessado em investir em criptoativos, tanto no Brasil como no restante no mundo, com produtos seguros, regulados e acessíveis. Fundos específicos devem gerar diferentes graus de interesse para investidores de perfis distintos, mas não temos um único público alvo específico para quem pretendemos expandir o nosso alcance.     

V: E por último, qual o conselho que daria para quem nunca investiu em criptoativo e pensa em investir pela primeira vez agora? 

C: Como consequência do seu estágio nascente, o universo dos criptoativos apresenta grandes oportunidades, mas também oferece grandes riscos. Quando se trata de qualquer investimento – especialmente no caso de criptoativos – é importante traçar uma estratégia de investimento bem informada que leva em consideração as caraterísticas específicas de cada investidor. Para o investidor inexperiente, esse processo geralmente envolve a orientação de um profissional do ramo. 

Antes de investir em criptoativos, é importante se educar a respeito dos principais fundamentos da tecnologia para compreender minimamente as oportunidades e riscos associados a essa promissora classe de ativos. Também é indispensável considerar aspectos relevantes como a custódia, facilidade de negociação, regulamentação, tributação, entre outros – muitos dos quais se tornam mais simples e seguros quando se investe através de uma gestora de fundos como a Hashdex.

O post Criptoativos apresentam boas oportunidades, mas com grandes riscos apareceu primeiro em 1 Bilhão Educação Financeira.

Victor Oliveira

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