📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

A sessão de ontem foi praticamente um repeteco da anterior, com reação dos investidores locais mais ao contexto externo do que ao interno, mas com o adicional de uma série de indicadores econômicos acima das expectativas.

Nos EUA, as vendas ao varejo superaram o topo das projeções de mercado, com crescimento em março de quase 10%, enquanto os pedidos de auxílio desemprego registraram a menor quantidade desde o início da pandemia e os dados do Fed de NY com o melhor resultado para manufaturas desde 2017.

Localmente, o IGP-10 mostrou um alívio em relação à medição anterior; porém o triplo do último IGP-M semanal, aos 1,58% (Infinity: 1,55%), acima da mediana do mercado.

O dado positivo para o Brasil foi o de volume do setor de serviços, com crescimento de 3,7% em fevereiro, superando o topo das projeções, mas que não traz grandes alentos, afinal é sucedido pelo mês de março, afetado pelos lockdowns e diversas restrições à locomoção.

Com isso, o foco dos investidores continua no exterior; liderado pelos EUA e a premissa de recuperação da atividade econômica e balanços corporativos mais forte que a expectativa dos analistas.

Localmente, o prazo do dia 22 de abril para a conclusão do orçamento é obscenamente curto, considerando as opções apresentadas de solução para o problema criado pelo congresso.

Aparentemente, deve-se optar pelo veto parcial de R$ 16 bi, o que tecnicamente viabilizaria a peça orçamentária dentro da lei.

Porém, causa estranheza a excessiva insistência do presidente da câmara pelo “pacote completo”, ao ponto de sugerirem que Bolsonaro viajasse para que Lira fosse o responsável por sancionar a peça, evitando assim a responsabilização do presidente da república.

Portanto, enquanto não houver definição, a tendência local continua de mirar o referencial do dólar global em queda; dos balanços corporativos e das bolsas americanas reagindo a indicadores econômicos.

Na agenda macroeconômica, CPI na Zona do Euro, IPC-S semanal no Brasil e nos EUA, casas iniciadas e permissões para construção.

Na agenda corporativa, Morgan Stanley e BNYMellon.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, rastreando o sentimento global sobre as esperanças de recuperação.

Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com PIB chinês próximo às projeções.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos até os cinco anos de vencimento.

Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro na China.

O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com as projeções de aumento da demanda.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,18%.

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