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NOVIDADES ESG

AMAZÔNIA – O Movimento Impacto Amazônia, promovido pelo Pacto Global da ONU, vai ganhando corpo. Agora é a Schneider Electric, listada na Bolsa de Paris (EPA: SU), e com operações no Brasil (na transformação digital do gerenciamento e automação de energia), a mais nova signatária deste Movimento, integrado à Ambição 2030 do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) –  Rede Brasil. Com isso, a empresa compromete-se a aumentar os esforços para levar acesso à energia limpa e segura para mais de 20 mil pessoas na Amazônia legal.

Criado em setembro de 23, o Movimento Impacto Amazônia tem por finalidade engajar empresas brasileiras a criarem ações de combate ao desmatamento da Amazônia, de forma individual, setorial, ou intersetorial, até atingir a meta de desmatamento zero em 2030.

A gerente de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Schneider Electric, Milena Rosa, explica que para alcançar esse objetivo a companhia pretende engajar outras empresas que fazem parte do seu ecossistema para, juntas, entregarem lanternas solares a moradores de áreas remotas que não têm acesso à energia limpa e segura.

CLEANTECH – A Recicli, cleantech que atua com reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos através de uma tecnologia inovadora (já patenteada), é a novidade da plataforma de investimentos em startups Captable, a maior do gênero no país. A startup teve sua rodada de investimentos lançada, estabelecendo a meta de captar R$1,2 milhão. Ao investidor que quiser apostar no negócio, outra informação: é possível participar desta cleantech a partir de R$ 1.000,00.

A Recicli (https://captable.com.br/projects/recicli) já foi premiada em iniciativas de inovação promovidas pelo SEBRAE, 100 Open Startups, FIEMG Lab 4.0 e Open Mind Academy. Estabeleceu parcerias estratégicas com corporações transnacionais líderes em seus segmentos como Stellantis e Jabil, validando o potencial de sua tecnologia, em um mercado que, segundo ela, ainda não tem concorrentes realizando trabalhos do mesmo nível na América Latina. 

De acordo com a Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABRELPE), o Brasil produziu mais de 25 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos em 2022, com apenas 3% desse total sendo corretamente reciclado.

ETHOS – O Guia de Gestão de Integridade Privada (GGIP) publicado pelo Instituto Ethos, que reúne propostas para o aprimoramento das práticas de integridade e combate à corrupção nas empresas, além de indicadores para monitorar os programas de integridade, é vencedor do Prêmio “Não Aceito Corrupção”, na categoria Governança Corporativa.

O Guia foi lançado durante a Conferência Ethos 360° em São Paulo, em novembro de 2023, e orienta as companhias a prevenir e mitigar os riscos de corrupção. O material traz sete capítulos: programa de integridade, padrões de conduta, estrutura organizacional adequada, relações público-privadas, denúncias de irregularidades, mecanismos de transparência corporativa e estratégias de remediação.

AGENDA

Circular – No próximo dia 13 haverá uma Roda de Conversa Interativa debatendo “A Gestão de Resíduos na Economia Circular”. Será conduzida por Fabricio Soler (professor, advogado, conselheiro ESG e consultor internacional em resíduos e economia circular), pela colega Jamile Balaguer Cruz (diretora de Economia Circular na Grant Thornton, fundadora da Biocicla e colaboradora deste Portal), Ricardo Oliani (B2G na Biomovement Ambiental) e Rodrigo Oliveira – CEO da Green Mining

Leitores do Portal Acionista estão convidados a participar enviando suas perguntas previamente para o email: [email protected]. Inscrições pelo llink  

https://www.sympla.com.br/evento/roda-de-conversa-a-gestao-de-residuos-na-economia-circular/2397626

RI – Anote: o 25º Encontro de Relações com Investidores e Mercado de Capitais acontecerá em São Paulo, no formato presencial, dias 24 e 25 de junho próximo. O painel de abertura será “Digital Verde – Aspectos Regulatórios e Não-Regulatórios”. O evento contará, uma vez mais, com a tradicional parceria de mídia do Portal Acionista.

O Quinto dos Infernos no Milênio

No encerramento do chamado “mês da mulher”, contam-nos o Ministério do Trabalho e Emprego, conjuntamente com o Ministério da Mulher, que as mulheres ganham 19,4% a menos que os homens em nosso Brasil varonil. E, mais ainda, este percentual é variável podendo alcançar os 25,2% de diferença em cargos de comando.

Os números fazem parte do 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, que contabiliza informações de 49.587 estabelecimentos com 100 ou mais empregados, divulgado na semana que passou. O relatório foi desenvolvido para atender a Lei 14.611, promulgada em julho de 2023. Passaram-se 92 anos que o Estado brasileiro decidiu “conceder a honra” à mulher para poder votar no Brasil… E, ainda hoje, com lei federal e tudo o mais, a mulher continua a ganhar menos.

Frações prá lá ou prá cá, se arredondarmos a conta, isso quer dizer que a mulher tem um quinto (1/5) de seus proventos subtraídos, tungados, retirados, suprimidos ou seja lá o sinônimo que se queira dar para tipificar a rapinagem. É a versão moderna dos “Quintos dos infernos”!

Para quem não se liga na história, uma forcinha: no Brasil Colônia, a Coroa Portuguesa tributava em 20% tudo o que se produzia aqui (inclusas as minas de ouro, naturalmente) e frequentemente aportava um navio para recolher o arrecadado – já que não havia banco ou sistema de pagamento estabelecido. Como a viagem era comprida, e na visão do eurocentrista o Brasil “era longe demais”, os gulosos barcos saíam da metrópole pra deixar uns degredados mais e levar “o quinto dos infernos”. Com o tempo, o brazuca adotou a expressão e ele próprio chamava a cobrança dos 20% de “o quinto dos infernos”.

Assim como o vestuário da moda vai e vem, não estranhe se uma mulher queixar-se de sua remuneração e chamar esta inexplicável diferença de “o Quinto dos Infernos” em pleno Terceiro Milênio.     

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