O indicador da Boa Vista de Demanda por Crédito do Consumidor avançou 4,3% em janeiro, na comparação com dezembro, considerando os dados dessazonalizados. Já na comparação contra o mesmo mês do ano passado houve elevação de 16,2%. Com relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro, o indicador apontou alta de 6,7% contra o trimestre móvel imediatamente anterior e livre de efeitos sazonais.

Considerando a análise acumulada em 12 meses, o resultado passou de crescimento de 6,0% em dezembro para 9,1% em janeiro.

Os números do segmento Financeiro registraram avanço de 1,2% em janeiro, na comparação mensal, e de 22,1% frente ao mesmo período de 2020. Já o segmento Não Financeiro cresceu 6,4% no mês e 12,2% na comparação interanual. No trimestre móvel encerrado em janeiro o segmento Financeiro apontou alta de 3,3% contra o trimestre findado em outubro do ano passado, enquanto o segmento Não Financeiro cresceu 8,9% na mesma base de comparação.

Demanda por Crédito do Consumidor

O indicador manteve o ritmo observado ao longo do ano passado e encerrou o mês de janeiro 3,6% acima do nível pré-pandemia (fev/20). Nesse período, o movimento do indicador foi impulsionado pelos dois segmentos, em especial pelo Não Financeiro, que enfim cruzou a linha da estabilidade e agora marca alta de 1,2% na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses. O segmento Financeiro, por sua vez, não ficou para trás e continua numa trajetória de crescimento acelerado, embora seja esperado uma desaceleração ao longo deste ano. No mais, a curva deste segmento tem acompanhado de perto a concessão de recursos livres às famílias, que encerrou o ano de 2021 com alta de 20,2% em 12 meses acumulados.

Diante disso e do cenário que é esperado para 2022, de baixo crescimento e com inflação e juros altos, não seria nenhuma surpresa os números começarem a se acomodar ao longo do ano, sobretudo os números do segmento Financeiro. Isso porque o crescimento robusto observado até aqui não deve se repetir na mesma intensidade.

Falando em cenários para 2022, a inflação (IPCA) projetada para o ano já é de 5,50%. A projeção não só está acima do teto da meta estipulada para o ano, que é de 5,0%, como também tem sido revisada para cima nas últimas semanas por conta das pressões inflacionárias que se fizeram ainda presentes em janeiro. Com relação ao desempenho da economia, a projeção divulgada no boletim Focus já há algumas semanas está na casa de 0,30%.

(MR – Agência Enfoque)


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